A cidade de Leme, no interior de São Paulo, registra duas mortes por febre maculosa na última semana. A Secretaria de Saúde do município confirmou a informação, embora detalhes como nomes, gênero e idade das vítimas não tenham sido divulgados.
Diante da confirmação dos casos, equipes técnicas da prefeitura intensificaram as ações de controle e vigilância, segundo a secretaria. O Setor de Vigilância Epidemiológica e Zoonoses está à frente das medidas de contenção.
O interior paulista tem enfrentado desafios com a proliferação da doença, transmitida pela picada do carrapato. Salto, cidade a aproximadamente 90 quilômetros de Leme, já havia registrado três óbitos por febre maculosa em 2025, levando à interdição de um parque frequentado por duas das vítimas.
Até outubro deste ano, o estado de São Paulo contabilizava 36 casos de febre maculosa, com 18 mortes. Com os novos óbitos em Leme, o número subiu para 20. No ano anterior, foram registrados 72 casos e 26 mortes em todo o estado.
A febre maculosa, também conhecida como doença do carrapato, é uma infecção febril com diferentes níveis de gravidade e uma alta taxa de letalidade. A doença é causada por bactérias do gênero Rickettsia e transmitida pela picada de carrapatos presentes em ambientes com animais domésticos, como cães e gatos, gado e áreas com vegetação alta.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) de São Paulo alerta que a simples presença do carrapato não garante a infecção, uma vez que menos de 1% dos carrapatos-estrela estão contaminados com a bactéria causadora da doença.
Os sintomas incluem febre repentina, dores de cabeça e nas articulações, cansaço extremo, fraqueza e falta de energia. Entre o terceiro e o quinto dia de infecção, podem surgir erupções cutâneas nos punhos e tornozelos, com potencial para se espalharem pelo corpo.
A prevenção é fundamental e envolve evitar áreas com grande incidência de carrapatos, usar calças compridas e botas em áreas de risco. Caso um carrapato seja encontrado na pele, a remoção imediata é essencial, evitando esmagá-lo com as unhas.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
