PUBLICIDADE

Anvisa proíbe substâncias em produtos para unhas em gel

© Elza Fiúza/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a proibição do uso de duas substâncias frequentemente encontradas em produtos para unhas em gel que necessitam de exposição à luz ultravioleta ou LED para sua fixação. A resolução, aprovada em reunião recente, visa proteger a saúde tanto dos consumidores quanto dos profissionais que manuseiam esses produtos.

As substâncias banidas são o TPO (óxido de difenil [2,4,6-trimetilbenzol] fosfina) e o DMPT (N,N-dimetil-p-toluidina), também conhecido como dimetiltolilamina (DMTA). A decisão se baseia em evidências de que o DMPT pode ser carcinogênico em humanos, enquanto o TPO apresenta toxicidade reprodutiva, com potencial para prejudicar a fertilidade.

A medida da Anvisa alinha o Brasil aos padrões de segurança adotados pela União Europeia, que também proibiu recentemente o uso desses ingredientes. A agência reguladora destaca que a proibição abrange qualquer produto cosmético.

Com a resolução já em vigor, fica imediatamente proibida a fabricação, importação e a concessão de novos registros ou notificações para produtos que contenham TPO ou DMPT. As empresas e estabelecimentos comerciais terão um prazo de 90 dias para interromper a venda e o uso dos produtos já disponíveis no mercado. Após esse período, todos os registros e notificações de produtos contendo as substâncias proibidas serão cancelados pela Anvisa. As empresas responsáveis serão obrigadas a recolher os produtos ainda presentes em lojas e distribuidoras.

Uma diretora da Anvisa enfatizou que, embora o risco ocupacional seja maior para os profissionais que trabalham com esses produtos, os consumidores também estão sujeitos aos efeitos nocivos da exposição. Ela ressaltou a importância da atuação preventiva do Estado para evitar riscos evitáveis.

A diretora também esclareceu que os eventos adversos associados a essas substâncias geralmente estão relacionados a exposições repetidas e prolongadas, o que significa que contatos ocasionais ou pouco frequentes representam um risco menor. No entanto, ela reiterou a necessidade de uma medida de proibição imediata para cumprir o papel de proteção da saúde pública.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

Leia mais

PUBLICIDADE