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Garimpeiros Mortos: conflito na Fronteira Yanomami

G1

A Polícia Civil de Roraima investiga a morte de dois garimpeiros, José Ribamar de Brito Ferreira, 63 anos, e Raimundo Nonato Barboza, 39 anos, baleados na região de garimpo conhecida como Taboca, em Mucajaí. Familiares relataram que o crime ocorreu durante um conflito com indígenas, mas a Casa de Governo aponta que a área das mortes está localizada em território venezuelano.

Segundo o boletim de ocorrência, a região da Taboca, de difícil acesso, abrange parte da Terra Indígena Yanomami. A Polícia Civil informou que os corpos foram removidos por transporte aéreo contratado pelas famílias e encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) em Boa Vista. O laudo apontou choque hipovolêmico (grande perda de sangue) como causa das mortes.

A Casa de Governo, responsável pelo combate ao garimpo ilegal, emitiu nota informando que está ciente do incidente, mas ressaltou que a área onde ocorreu o crime está localizada em território venezuelano, sendo utilizada por garimpeiros para atividades de logística ilegal, como esconderijo de aeronaves e suprimentos. O órgão federal enfatizou que não há atuação direta no local por se tratar de território estrangeiro, mas continua atuando na proteção do território e das comunidades indígenas no lado brasileiro.

A Terra Yanomami, o maior território indígena do Brasil, com quase 10 milhões de hectares entre Amazonas e Roraima, enfrenta a atuação de garimpeiros desde a década de 1970. Em 2023, o governo federal decretou emergência no território para combater uma crise sanitária sem precedentes. No entanto, lideranças indígenas denunciam que o garimpo ilegal continua ativo, destruindo roças, contaminando rios com mercúrio e provocando desnutrição e impactos na rotina dos indígenas.

A situação na Terra Yanomami é complexa e exige ações coordenadas entre diferentes órgãos e esferas do governo para garantir a proteção do território e das comunidades indígenas. A atuação do garimpo ilegal causa graves danos ambientais e sociais, além de representar uma ameaça à saúde e à segurança dos povos originários.

Diante desse cenário, é fundamental que as autoridades intensifiquem as ações de fiscalização e combate ao garimpo ilegal na região, além de promoverem o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis que gerem renda para as comunidades indígenas. A proteção da Terra Yanomami é um compromisso do Brasil com a preservação do meio ambiente e dos direitos dos povos originários.

5 Dicas para Entender e Acompanhar a Situação na Terra Yanomami:

1. Fontes de Informação: Acompanhe as notícias em fontes confiáveis, como o Setentrional.com, para se manter atualizado sobre os acontecimentos na região.
2. Organizações Indígenas: Siga as redes sociais e os canais de comunicação de organizações indígenas que atuam na defesa dos direitos dos povos originários.
3. Relatórios e Estudos: Consulte relatórios e estudos de instituições de pesquisa e órgãos governamentais sobre a situação na Terra Yanomami.
4. Audiências Públicas: Participe de audiências públicas e eventos que discutam a situação na região para se informar e dar sua opinião.
5. Mobilização Social: Apoie iniciativas e campanhas que visem a proteção da Terra Yanomami e dos direitos dos povos originários.

Acompanhe o (https://setentrional.com) para mais informações sobre este e outros temas relevantes da Amazônia Legal.

Fonte: https://g1.globo.com

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