A prisão do ex-prefeito de Bonfim, Joner Chagas, 51 anos, pela Polícia Federal em Boa Vista, ganhou um contorno inusitado: uma foto dele sorrindo durante o fichamento na Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (PAMC). A imagem, que rapidamente circulou, contrasta com a gravidade das acusações que pesam sobre ele: suspeita de desvio de mais de R$ 40 milhões destinados à manutenção de estradas vicinais em Roraima.
Até o momento, a assessoria do ex-prefeito não se manifestou sobre o caso.
Joner Chagas é o principal alvo de uma investigação que apura fraudes em licitações e o uso de uma empresária como “testa de ferro” para ocultar o desvio de recursos públicos. A Polícia Federal (PF) detalhou que a prisão é resultado da análise de elementos que indicam a participação de Chagas no esquema, dando continuidade à Operação Déjà Vu.
As investigações revelaram que a empresa contratada para as obras de recuperação de estradas vicinais recebeu mais de R$ 40 milhões, apesar de não possuir a estrutura física e operacional necessária para a execução dos serviços. A PF identificou a atuação de um grupo organizado que utilizava a empresa de fachada para cometer crimes como fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
A operação que culminou na prisão de Joner Chagas teve início em setembro de 2025, quando uma empresária, seu marido e filha foram presos em flagrante após sacar mais de R$ 510 mil em Boa Vista. A PF rastreou a origem do dinheiro e identificou possíveis irregularidades em contratos públicos para a recuperação de estradas, que apontavam para o envolvimento do ex-prefeito.
A prisão de Joner Chagas representa um importante passo na luta contra a corrupção e o desvio de recursos públicos na região amazônica. A Polícia Federal segue investigando o caso para identificar todos os envolvidos e responsabilizá-los pelos crimes cometidos.
Dicas para combater a corrupção e garantir a correta aplicação dos recursos públicos:
1. Transparência: Exija que os órgãos públicos divulguem informações detalhadas sobre licitações, contratos e gastos. Utilize ferramentas de controle social para acompanhar a aplicação dos recursos.
2. Participação: Envolva-se nas discussões sobre as prioridades para o uso dos recursos públicos em sua comunidade. Acompanhe as reuniões dos conselhos municipais e estaduais.
3. Denúncia: Utilize os canais de denúncia dos órgãos de controle, como o Ministério Público e a Polícia Federal, para informar sobre suspeitas de irregularidades.
4. Voto Consciente: Pesquise sobre o histórico e as propostas dos candidatos antes de votar. Escolha aqueles que demonstram compromisso com a ética e a transparência na gestão pública.
5. Educação: Incentive a educação sobre cidadania e controle social nas escolas e comunidades. Quanto mais informada a população, maior a capacidade de fiscalizar e cobrar a correta aplicação dos recursos públicos.
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Fonte: https://g1.globo.com
