A vereadora Helen Cabral (PT) de Santa Maria (RS), denunciou ter sido vítima de violência política de gênero durante uma sessão plenária na Câmara Municipal. O incidente ocorreu enquanto a vereadora questionava a transparência do Executivo e defendia os direitos dos servidores em relação ao parcelamento do 13º salário.
Segundo a vereadora, o vereador Tony Oliveira, da base do governo, a atacou de forma agressiva, interrompendo o debate e tentando intimidá-la. Helen Cabral classificou o ataque como “misógino” e como o mais grave ato de violência política de gênero que já sofreu na Câmara.
“A violência de gênero é crime e quero saber o que a presidência vai fazer. A violência contra esta vereadora é contra todas as mulheres dessa casa. E não admito continuar sofrendo violência de gênero neste parlamento”, declarou a vereadora em vídeo divulgado nas redes sociais.
Helen Cabral informou que medidas legais e institucionais estão sendo tomadas, incluindo a comunicação à Mesa Diretora da Câmara e o registro de um Boletim de Ocorrência na Delegacia da Mulher. A vereadora espera que o agressor seja responsabilizado e que tais situações não se repitam.
O caso ganha ainda mais relevância por ter ocorrido durante a 5ª Semana Municipal de Não Violência Contra a Mulher, um evento idealizado pela própria vereadora. Helen Cabral também participa do Festival Movimento Mulheres em Luta (MEL), que este ano debate a violência política de gênero contra mulheres parlamentares.
Até o momento, a Câmara Municipal de Santa Maria (RS) não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido.
A Defesa do Vereador Tony Oliveira
O vereador Tony Oliveira divulgou um vídeo em que pede desculpas pelo que chamou de “exaltação firme” na Câmara. Ele alega que a esquerda está espalhando “narrativas mentirosas” e o acusando de agressão sem fundamento.
Oliveira nega ter ameaçado ou agredido fisicamente a vereadora Helen Cabral. Segundo ele, a discussão começou quando ele questionou a derrubada do quórum em uma votação anterior. O vereador afirma que foi xingado e que apenas se defendeu, sem usar palavras de baixo calão.
O vereador Tony Oliveira anunciou que entrará com um pedido de cassação contra a vereadora Helen Cabral e outros vereadores e assessores que o teriam ofendido.
Diante desse caso de violência política de gênero, é importante refletir sobre como combater essa forma de violência e garantir a participação plena e igualitária das mulheres na política.
5 Dicas para Combater a Violência Política de Gênero:
1. Denuncie: Não se cale diante de casos de violência política de gênero. Denuncie às autoridades competentes e utilize as redes sociais para dar visibilidade ao problema.
2. Educação: Promova a educação sobre igualdade de gênero e direitos das mulheres na política. Quanto mais a sociedade estiver informada, mais fácil será identificar e combater a violência política de gênero.
3. Fortalecimento: Apoie e fortaleça as mulheres na política. Ofereça mentoria, capacitação e suporte para que elas possam superar os desafios e ocupar espaços de poder.
4. Legislação: Cobre a criação e o aprimoramento de leis que protejam as mulheres na política e punam os agressores.
5. Mobilização: Participe de movimentos e campanhas que visem combater a violência política de gênero e promover a igualdade na política.
A violência política de gênero é uma grave ameaça à democracia e à igualdade. É preciso união e esforço de todos para combater essa forma de violência e garantir que as mulheres possam participar da política de forma livre e segura.
Fique por dentro de mais notícias e análises sobre a Amazônia Legal e o Brasil no portal SETENTRIONAL.COM.
