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Governadores se unem em “consórcio da paz” após operação letal no rio

Agência Brasil

Sete governadores anunciaram a formação do “Consórcio da Paz”, uma iniciativa colaborativa focada na troca de informações de inteligência, suporte financeiro e envio de contingentes policiais para combater o crime organizado. O anúncio foi feito após uma operação no Rio de Janeiro que resultou em pelo menos 121 mortes nos complexos do Alemão e da Penha.

A reunião para formalizar o consórcio ocorreu no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense. Participaram do encontro o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e os governadores Romeu Zema (Minas Gerais), Jorginho Mello (Santa Catarina), Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul) e Ronaldo Caiado (Goiás). A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, também esteve presente, enquanto o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, participou remotamente por videochamada.

O Rio de Janeiro sediará inicialmente o consórcio e coordenará o processo de formalização do grupo. Segundo Castro, o objetivo principal é o compartilhamento de estratégias eficazes no enfrentamento ao crime. “Faremos um consórcio entre estados no modelo de outros consórcios que existem para que nós possamos dividir as experiências, soluções e ações do combate ao crime organizado”, declarou o governador.

Embora a iniciativa seja liderada por governadores com alinhamento político, a intenção é expandir a participação para incluir todos os estados da federação. O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, enfatizou a meta de integrar as 27 unidades federativas, promovendo a troca de experiências, o empréstimo de recursos humanos qualificados e a compra conjunta de equipamentos. “Nós vamos perseguir o objetivo de integrar as 27 unidades da Federação, para que a gente troque experiência, empréstimos e material humano, porque nós temos gente qualificadíssima. Para que possamos comprar equipamentos de forma consorciada e enfrentar definitivamente essa onda de violência do Brasil, que não é só do Rio de Janeiro, é de todos os estados”, afirmou Mello.

Adicionalmente, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o governador Cláudio Castro anunciaram a criação de um escritório emergencial para o enfrentamento do crime organizado no Rio de Janeiro, visando uma melhor integração entre as esferas federal e estadual. Entre as medidas anunciadas estão o aumento do efetivo da Polícia Rodoviária Federal e de agentes de inteligência no estado, além do envio de peritos. O governo federal também autorizou a transferência de dez presos para presídios federais, atendendo a um pedido de Castro.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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