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Fraudes no INSS: Núcleo é desmantelado em operação, diz senador uma nova fase

© José Cruz/Agência Brasil

Título: Fraudes no INSS: Núcleo é Desmantelado em Operação, Diz Senador

Conteúdo: Uma nova fase de operação mirando descontos ilegais em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atingiu o núcleo de um esquema criminoso que lesou milhões de aposentados e pensionistas em todo o país. A afirmação é do senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fraudes.

Segundo o senador, a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) mirou figuras centrais no esquema que permitiu, por anos, o desconto indevido de mensalidades associativas.

“Hoje, a operação colocou na cadeia o núcleo principal de todos os desvios do INSS, da quadrilha que tomou de assalto as aposentadorias brasileiras”, declarou Viana.

Um dos principais desdobramentos da operação foi a prisão do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Ele assumiu a presidência da autarquia em julho de 2023 e foi afastado do cargo por decisão judicial na primeira fase da Operação Sem Desconto, em abril deste ano, sendo posteriormente exonerado.

A investigação também alcançou o ex-ministro do Trabalho e Previdência Social do governo Bolsonaro, José Carlos Oliveira, além do deputado federal Euclydes Pettersen Neto (Republicanos-MG) e o deputado estadual Edson Cunha de Araújo (PSS-MA).

As investigações da PF e da CGU apontam que Pettersen teria vendido um avião a uma das entidades associativas investigadas, enquanto Araújo é vice-presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA).

De acordo com o presidente da CPMI, Pettersen e Araújo não são os únicos parlamentares sob investigação por suspeita de envolvimento com a fraude das mensalidades associativas. “Há outros parlamentares que também têm envolvimento e que, no momento certo, de acordo com suas responsabilidades, prestarão depoimentos ao STF”, afirmou Viana, alegando não poder fornecer mais detalhes para não atrapalhar as investigações.

Segundo Viana, os responsáveis pelo esquema contra os segurados da Previdência Social se dividiam em três níveis: políticos que recebiam pagamentos para manter servidores corruptos em cargos-chave; servidores públicos que atuavam para manter os desvios; e operadores que realizavam os saques e o desvio direto do dinheiro.

“Agora queremos saber quem ajudou, quem indicou, quem nomeou e o que receberam para que este esquema pudesse continuar funcionando e de que maneira políticos foram beneficiados nesta história”, finalizou Viana.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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