A cantora paraense Viviane Batidão vive um momento de auge em sua carreira, marcando um ano de virada para o pop amazônico. Com 26 anos de trajetória, a artista celebra o lançamento de seu primeiro álbum de estúdio, colaborações com grandes nomes da música brasileira e a crescente exposição da música da Amazônia em todo o país.
“Estou no auge. Quero que o Brasil conheça o que a gente faz na Amazônia. O Brasil está conhecendo o Brasil”, comemora Viviane Batidão em entrevista exclusiva.
Reconhecida como um dos principais nomes do tecnomelody no Brasil, Viviane Batidão vê o ritmo, antes restrito às aparelhagens e bailes do Norte, ganhar projeção nacional. A artista acredita que o tecnomelody seguirá o caminho do funk e do sertanejo, conquistando o país com sua sonoridade única e potente.
Um Novo Capítulo na Carreira
De Santa Izabel (PA) para o mundo, Viviane Batidão tem levado a música produzida nas periferias do Norte para festivais internacionais, premiações e palcos históricos. O ano de 2024 foi marcado por conquistas inéditas, incluindo a apresentação no Global Citizen, a participação nos Ensaios da Anitta e o lançamento de seu primeiro álbum de estúdio, “É Sal”, que ela define como “um novo ciclo”.
O disco reúne nove faixas que integram tecnomelody, elementos do rock doido e uma estética profundamente ligada à cultura do Pará, com participações de Pocah, Priscilla Senna, Suanny Batidão e Japinha. “Esse trabalho é majoritariamente em tecnomelody, é a nossa sonoridade genuína. A diferença é que agora o Brasil está pronto para ouvir”, afirma.
Entre as inéditas, “Mulher Gostosa”, com Pocah, tornou-se um dos maiores sucessos da carreira de Viviane Batidão. A música celebra a autoconfiança e a força da mulher periférica, unindo as narrativas de duas artistas com histórias de vida semelhantes. Já faixas como “Só no Pará” reafirmam o orgulho de cantar o Norte, exaltando a floresta, o povo e a identidade amazônica.
Parceria dos Sonhos com Anitta
No auge de sua carreira, Viviane Batidão se prepara para lançar uma colaboração com Anitta, após dividir o palco com a artista na COP30 e no Global Citizen. Para ela, essa parceria representa a realização de um sonho e simboliza uma virada definitiva na percepção do país sobre a música da Amazônia.
“Esse feat com a Anitta é o feat dos meus sonhos, de verdade. Eu acompanho a trajetória dela desde o início, sei tudo o que ela enfrentou. Estar ao lado dela agora, nesse momento gigante da carreira dela, é surreal. Eu até brinco: ‘deixa eu me beliscar pra ver se é verdade'”, resume Viviane Batidão.
A artista acredita que essa aproximação com grandes nomes do pop nacional é resultado direto da persistência da cena amazônica, que sempre viveu bem em sua região, com seu jeito próprio de fazer música. O desejo de Viviane Batidão é que o Brasil possa conhecer o que é produzido na Amazônia, e esse momento finalmente chegou.
Rock Doido e a Expansão do Brega
A expansão da música amazônica também passa por novas linguagens dentro do brega. Viviane Batidão é uma das vozes que ajudaram a levar o rock doido dos bailes e aparelhagens para os palcos de festival.
“Quando eu criei o Rock da Rainha, lá no começo, muita gente torceu o nariz. Alguns contratantes diziam que não queriam rock doido no show. Mas eu insisti, porque via a reação do público. O Rock da Rainha foi um fenômeno e abriu caminho para esse momento”, lembra Viviane Batidão.
Hoje, artistas como Gaby Amarantos e outros nomes da cena musical paraense estão puxando essa frente, abrindo espaço para que o Brasil conheça ainda mais talentos da região.
Festival Psica e o Futuro da Música Amazônica
Em dezembro, Viviane Batidão se apresentará no Festival Psica, um dos maiores festivais do Norte, que acolhe todas as tribos e sons. A artista promete um show histórico, com muita energia, tecnomelody e amor, marcando um dos maiores momentos de sua carreira.
Enquanto prepara o repertório para o Psica, Viviane Batidão ajusta os últimos detalhes do feat com Anitta, previsto para o próximo lançamento da artista. Para ela, esse movimento simboliza uma virada definitiva na percepção do país sobre a música da Amazônia.
“Eu não gosto de dizer que o Pará está na moda, porque moda passa. O que eu sinto é que o Brasil está descobrindo um estado potente, com música boa, culinária, moda, dança. A gente sempre existiu. Agora estão enxergando”, afirma Viviane Batidão.
5 Dicas para Aproveitar o Melhor da Música Amazônica:
1. Explore a diversidade de ritmos: O tecnomelody é apenas um dos muitos ritmos que compõem a rica cena musical da Amazônia. Experimente o brega, o carimbó, o siriá e outros estilos.
2. Descubra novos artistas: Além de Viviane Batidão, Gaby Amarantos e outros nomes já consagrados, a Amazônia possui uma infinidade de artistas talentosos esperando para serem descobertos.
3. Acompanhe os festivais: O Festival Psica é apenas um dos muitos eventos que celebram a música amazônica. Fique de olho na programação cultural da região e participe dos festivais.
4. Valorize a cultura local: A música amazônica é uma expressão da cultura e da identidade da região. Ao ouvi-la, você está valorizando e apoiando a cultura local.
5. Compartilhe a música amazônica: Divulgue os artistas e ritmos da Amazônia para seus amigos e familiares. Ajude a espalhar a música da região para todo o Brasil e para o mundo.
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Fonte: https://g1.globo.com
