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Raiva Humana: Paraense morre após Ataque de Macaco no Amapá

João Silvestri

Um homem de 24 anos, natural de São Caetano de Odivelas (PA), faleceu em Belém (PA) após contrair raiva humana no estado do Amapá. Matheus Santa Rosa dos Santos estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário Barros Barreto, referência no tratamento de infecções, e não resistiu à doença. Este é o terceiro caso de raiva humana registrado no Brasil em 2025, conforme informações do Ministério da Saúde.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Amapá (Sesa), o incidente ocorreu na região de Oiapoque (AP), onde Matheus foi atacado por um macaco enquanto pescava no Cabo Orange, uma área de manguezal. Após o ataque, ele começou a apresentar sintomas compatíveis com encefalite viral, o que levou à sua transferência para Belém, em busca de tratamento especializado.

A Secretaria de Saúde do Pará (Sespa) confirmou o óbito e informou que amostras biológicas foram coletadas para análise no Laboratório Central (Lacen/PA), com o objetivo de identificar a possível presença e variantes do vírus da raiva. A Sespa também esclareceu que o traslado do corpo não é de responsabilidade do estado e que a Coordenação de Zoonoses notificou as autoridades de saúde do Amapá para que medidas de controle sejam implementadas na área onde ocorreu a exposição ao vírus.

Exames laboratoriais realizados pelo Instituto Pasteur, em São Paulo, confirmaram a presença do vírus da raiva no paciente. A Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS-AP) informou que as análises sugerem que a transmissão está ligada a morcegos, principais hospedeiros da variante encontrada. Equipes de saúde, laboratórios e órgãos ambientais foram mobilizados para investigar o foco de transmissão e conter os riscos de contaminação na região.

Após a morte, o corpo de Matheus foi encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO) da Polícia Científica do Pará, onde foi realizada a necropsia e coletadas amostras para análises complementares. A Sespa informou que não há registros de casos ou mortes por raiva humana no Pará entre 2023 e 2025.

O Ministério da Saúde destacou que este é o primeiro caso de raiva humana registrado na região Amazônica em 2025. Os outros dois casos ocorreram nos estados do Ceará e Pernambuco, ambos relacionados a animais infectados com variantes silvestres do vírus. No Ceará, uma paciente foi mordida por um sagui, enquanto em Pernambuco, uma mulher também faleceu após ser infectada por um sagui.

A pasta informou que mantém estoques estratégicos de soro e vacina antirrábica, além de apoiar estados e municípios no atendimento pós-exposição e monitorar continuamente as variantes de origem silvestre, que são predominantes no país. Entre 2010 e 2024, o Brasil registrou 48 casos de raiva humana, sendo 24 causados por morcegos e nove por cães.

O que é a Raiva Humana?

A raiva humana é uma doença viral quase 100% letal, causada por um vírus presente na saliva de mamíferos infectados, como morcegos, macacos, cães, gatos, raposas, bois e porcos. A transmissão ocorre por mordidas, arranhões ou contato direto com secreções infectadas. Os sintomas aparecem entre dois e dez dias após o período de incubação do vírus e incluem febre, dor de cabeça, agitação e espasmos musculares.

O Ministério da Saúde alerta que qualquer pessoa agredida por mamíferos silvestres deve procurar imediatamente um serviço de saúde para iniciar o tratamento com soro e vacina antirrábica, disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Sigilo Médico

O Hospital Barros Barreto informou que não divulga dados clínicos ou administrativos de pacientes, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Todas as informações sobre o atendimento são repassadas apenas ao paciente ou aos familiares.

5 Dicas Essenciais Sobre a Raiva Humana:

1. Vacinação: Mantenha seus animais de estimação vacinados contra a raiva. A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção.
2. Evite Contato com Animais Selvagens: Não se aproxime nem tente alimentar animais selvagens, especialmente morcegos e macacos.
3. Lave Ferimentos: Se for mordido ou arranhado por um animal, lave o ferimento imediatamente com água e sabão e procure atendimento médico.
4. Procure Atendimento Médico: Em caso de suspeita de exposição ao vírus da raiva, procure um serviço de saúde o mais rápido possível para iniciar o tratamento adequado.
5. Conscientização: Informe-se sobre os riscos da raiva e compartilhe informações com amigos e familiares para aumentar a conscientização sobre a doença.

Fique atento e proteja-se. A informação é a sua maior aliada na prevenção da raiva.

com, mantendo você sempre atualizado.

Categorias: Pará, Amapá, Saúde, Segurança, Oiapoque (AP), São Caetano de Odivelas (PA), Belém (PA)

Fonte: https://noticiamarajo.com.br

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