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Pará Alerta: capacitação Reforça combate à Mosca da Carambola

Divulgação

A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), em colaboração com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), intensificou suas ações de defesa vegetal com a realização de um treinamento crucial em Capitão Poço, importante polo produtor de laranja no estado. O objetivo central é capacitar técnicos para o monitoramento e combate eficaz da mosca-da-carambola, praga que ameaça a produção de frutas em diversas regiões, incluindo Marajó, o nordeste paraense e a Transamazônica.

Este treinamento, o segundo de 2025, reflete o compromisso contínuo em fortalecer a fitossanidade da produção frutícola paraense. A iniciativa ganha ainda mais relevância diante do cenário nacional da praga, apresentado por auditores fiscais do Mapa. Wagner Xavier, chefe do Serviço de Inspeção e Fiscalização de Insumos de Sanidade Vegetal da SFA/PA, detalhou o Manual de Monitoramento e Controle da Praga, expôs o painel nacional de acompanhamento e explicou as normas atualizadas que incorporam novas tecnologias ao programa.

A uniformização de procedimentos e a ampliação da participação das equipes são metas prioritárias. “As reuniões nas regionais de Santarém, Capitão Poço e Marabá têm o objetivo de envolver os técnicos que atuam diretamente no monitoramento e no combate da praga. As atualizações das normas são essenciais para uniformizar o trabalho, viabilizar a comercialização e garantir a exportação dos produtos do Estado”, destacou o auditor fiscal federal agropecuário.

O sucesso da fruticultura brasileira no mercado externo está intrinsecamente ligado a este trabalho. O Pará, em particular, mantém mercados abertos graças ao monitoramento constante. A exportação de manga, uva e laranja, em nível nacional, depende das ações implementadas no Norte do país.

Adalberto Tavares, gerente do programa estadual de erradicação da mosca das frutas, apresentou os resultados das ações desenvolvidas no estado, reconhecidas como uma das melhores práticas agrícolas do Pará. O encontro reuniu representantes de onze Gerências Regionais e 50 Escritórios Locais, totalizando 90 servidores.

“O objetivo foi alinhar orientações, revisar normas técnicas e atualizar as equipes sobre a legislação do Programa Nacional de Erradicação da Mosca-da-Carambola (PNEMC). Esse momento fortalece a padronização e a eficiência das atividades de defesa agropecuária”, afirmou Tavares.

O impacto das mudanças climáticas na dispersão da mosca-da-carambola também foi um ponto crucial de discussão. Vandeilson Belfort Moura, engenheiro agrônomo e fiscal agropecuário da Adepará, apresentou sua tese de doutorado sobre a eficácia das medidas de controle fitossanitário na população da mosca-da-carambola nas condições climáticas da Amazônia Oriental, analisando o foco registrado em Oriximiná e os efeitos das mudanças climáticas sobre o comportamento da praga.

“Vivemos uma emergência climática e fitossanitária. A fruticultura é altamente sensível ao clima, e já observamos alterações na epidemiologia de doenças devido ao aquecimento global”, explicou Moura.

A educação sanitária, vista como uma estratégia essencial para envolver produtores e comunidades, foi abordada por Gabriela Cunha, fiscal agropecuária da Gerência de Educação Sanitária da Adepará. Em sua palestra, “A Fronteira Invisível: como a Educação Sanitária sustenta o sistema de defesa fitossanitária frente à Mosca-da-Carambola”, ela destacou a importância de metodologias participativas para ampliar a conscientização.

A Diretoria de Defesa e Inspeção Vegetal também apresentou uma nova Planilha Digital para registrar os dados de monitoramento, demonstrada por Josivan Tenório.

Com eventos já realizados em Santarém e Capitão Poço, a próxima reunião técnica está programada para Marabá, abrangendo as regiões Sul e Sudeste do estado.

O Pará, o sétimo maior produtor de laranja do Brasil, com 19 mil hectares de área plantada somente em Capitão Poço, tem na manutenção de seus polos citrícolas uma prioridade. A mosca-da-carambola, presente nos estados do Amapá, Pará e Roraima, representa uma ameaça constante.

Lucionila Pimentel, diretora de Defesa e Inspeção Vegetal da Adepará, reforçou a importância do trabalho em curso: “A presença da praga nesta região impacta diretamente o polo citrícola de Capitão Poço. Cada ação de monitoramento é essencial para manter a economia local”.

Nos packing houses de Capitão Poço, a laranja passa por processos de lavagem, polimento, classificação e embalagem, garantindo um produto higienizado e padronizado para o consumidor, conforme explicou Roosevelt Olortegui, agente fiscal agropecuário da Regional de Capitão Poço.

5 Dicas Essenciais para Combater a Mosca da Carambola:

1. Monitoramento Contínuo: Implemente um sistema de monitoramento constante em sua propriedade para identificar a presença da mosca-da-carambola em estágios iniciais. Utilize armadilhas e inspeções visuais regulares.
2. Controle Cultural: Remova frutos caídos e hospedeiros alternativos da mosca-da-carambola, como a própria carambola, para reduzir a população da praga.
3. Controle Químico: Utilize inseticidas específicos e aprovados para o controle da mosca-da-carambola, seguindo rigorosamente as instruções do fabricante e as recomendações de um engenheiro agrônomo.
4. Educação Sanitária: Participe de programas de educação sanitária e compartilhe informações com outros produtores para aumentar a conscientização e a eficácia das ações de controle.
5. Integração de Métodos: Adote uma abordagem integrada, combinando diferentes métodos de controle, como o biológico, cultural e químico, para maximizar a eficácia e minimizar os impactos ambientais.

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Fonte: https://noticiamarajo.com.br

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