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Farinha de Castanha-do-Pará: Superproteína da Amazônia

Divulgação

A farinha de castanha-do-Pará surge como uma alternativa nutritiva e promissora no cenário alimentício, apresentando um teor de proteína surpreendentemente superior ao da farinha de trigo. Pesquisas recentes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) revelam que essa farinha amazônica contém cerca de 60% mais proteína que a tradicional farinha de trigo, impulsionando a oferta de fontes de proteína vegetal e abrindo novas perspectivas para a indústria alimentícia.

O estudo, conduzido pela Embrapa Amazônia Oriental (PA), explorou o potencial da castanha-do-Pará, também conhecida como castanha-do-Brasil, na produção de alimentos inovadores. Os pesquisadores desenvolveram processos para obter a farinha parcialmente desengordurada, o concentrado proteico e a proteína texturizada, utilizando tanto castanhas inteiras quanto aquelas quebradas ou em pedaços, otimizando o aproveitamento do fruto e minimizando o desperdício.

Os ingredientes derivados da castanha-do-Pará foram aplicados na formulação de produtos como hambúrgueres, quibes e proteína texturizada, demonstrando versatilidade e adaptabilidade. Os resultados foram promissores, com avaliações positivas em relação ao sabor, textura e aparência dos produtos.

A pesquisadora da Embrapa, Ana Vânia Carvalho, destaca a importância da busca por fontes proteicas diversificadas e sustentáveis, ressaltando o potencial da biodiversidade brasileira para atender às demandas da indústria alimentícia e gerar oportunidades de emprego e renda.

Desvendando o Processo de Produção

A pesquisa da Embrapa não se limitou à análise comparativa entre a farinha de castanha-do-Pará e a farinha de trigo. Os cientistas se aprofundaram no processo de produção da farinha de castanha, buscando otimizar o aproveitamento do fruto e maximizar seu valor nutricional.

Inicialmente, as castanhas passam por um processo de extração parcial do óleo, geralmente utilizado na indústria cosmética. Após a extração, o teor de proteína da castanha, que originalmente era de 15%, salta para 32,4% na farinha, representando um aumento de cerca de 116%.

Para ilustrar a diferença, 100 gramas de farinha de trigo integral contêm cerca de 13 gramas de proteína, enquanto a mesma quantidade de farinha de castanha-do-Pará oferece quase 33 gramas de proteína.

A partir dessa farinha enriquecida, os pesquisadores produziram um concentrado proteico que atingiu até 56% de proteína. Tanto a farinha quanto o concentrado foram utilizados na formulação de diversos produtos alimentícios, demonstrando a versatilidade da castanha-do-Pará como ingrediente.

Alternativa Vegetal Promissora

Além dos alimentos de origem vegetal, os pesquisadores desenvolveram um ingrediente texturizado proteico vegetal à base de castanha-do-Brasil e soja, contendo cerca de 56% de proteína, valor similar à tradicional proteína texturizada de soja.

A pesquisadora Melicia Galdeano ressalta que o estudo materializa um dos principais objetivos do projeto: desenvolver ingredientes proteicos alternativos a partir de matéria-prima nacional, promovendo a diversificação das fontes proteicas vegetais no Brasil para o mercado plant-based brasileiro.

Segundo ela, o mercado de proteínas vegetais é dominado por opções como a soja e a ervilha. O trabalho com a castanha-do-Pará visa incentivar o plantio sustentável e beneficiar as comunidades locais, impulsionando a economia da região amazônica.

Os testes de aceitação sensorial realizados com os produtos à base de farinha de castanha-do-Pará revelaram uma boa aceitação por parte dos consumidores participantes, o que indica o potencial de mercado desses produtos.

A pesquisadora Daniela Freitas de Sá conclui que os análogos vegetais, como quibe, hambúrguer e texturizado proteico vegetal à base de castanha-do-Brasil e soja, apresentaram aparência, sabor e textura característicos de suas versões convencionais, o que indica o potencial de utilização dos coprodutos do processamento da castanha-do-Brasil como ingredientes alternativos em produtos desenvolvidos para o público de alimentos plant-based.

5 Dicas para Incorporar a Farinha de Castanha-do-Pará na sua Dieta:

1. Substitua a farinha de trigo: Utilize a farinha de castanha-do-Pará em receitas de pães, bolos e biscoitos para aumentar o teor de proteína e adicionar um sabor único.
2. Enriqueça seus smoothies: Adicione uma colher de sopa de farinha de castanha-do-Pará em seus smoothies para turbinar a ingestão de proteína e nutrientes.
3. Prepare mingaus nutritivos: Cozinhe a farinha de castanha-do-Pará com leite ou água para criar um mingau rico em proteína e fibras.
4. Empregue em preparações salgadas: Utilize a farinha de castanha-do-Pará para empanar carnes, peixes e legumes, adicionando crocância e valor nutricional.
5. Combine com outras farinhas: Experimente misturar a farinha de castanha-do-Pará com outras farinhas, como a de arroz ou a de amêndoas, para criar receitas equilibradas e saborosas.

A farinha de castanha-do-Pará é uma excelente opção para quem busca uma alimentação mais saudável e equilibrada. Experimente incluir esse superalimento amazônico em sua dieta e desfrute de seus benefícios nutricionais.

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Fonte: https://noticiamarajo.com.br

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