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COP30: Descoberta da amazônia Desperta Ufanismo e distorções

Divulgação

A proximidade da COP30, que será realizada em Belém, tem provocado um misto de sentimentos e reações no Brasil, desde o ufanismo exacerbado até a constatação de distorções e caricaturas na forma como a Amazônia é vista e representada. A fala do chanceler alemão, Friedrich Merz, sobre Belém, por mais que tenha gerado indignação, paradoxalmente uniu os brasileiros em defesa da capital paraense, revelando um crescente interesse pela região.

A reação imediata e contundente do prefeito de Belém, Igor Normando, e do governador do Pará, Helder Barbalho, juntamente com a mobilização nas redes sociais, demonstram o quanto a Amazônia tem despertado paixões e um sentimento de pertencimento nos brasileiros. A cobertura da mídia e a profusão de conteúdos digitais sobre a região, impulsionados pela proximidade da COP30, têm apresentado a Amazônia sob novas perspectivas, encantando com sua paisagem exuberante, clima peculiar, culinária exótica e o sotaque marcante de seu povo.

A realização da COP30 em Belém representa um marco histórico para a região amazônica, que, até então, raramente havia sediado eventos globais de grande porte. Historicamente, o eixo Rio-São Paulo-Brasília concentrou as atenções e os investimentos, relegando outras regiões a um segundo plano. No entanto, a Amazônia, com sua riqueza natural e cultural, começa a despertar o interesse dos brasileiros, ainda que de forma tardia e, por vezes, distorcida.

Dados do IBGE revelam que o turismo na Amazônia ainda é incipiente em comparação com outras regiões do país, como o Nordeste, com suas praias paradisíacas, ou o Sudeste, com seus centros culturais e gastronômicos. A maioria dos turistas brasileiros busca sol e praia, cultura e gastronomia, deixando a natureza e o ecoturismo em segundo plano. Essa falta de familiaridade com a Amazônia contribui para a persistência de estereótipos e preconceitos, que obscurecem a verdadeira essência da região.

Apesar do crescente interesse dos brasileiros, a Amazônia ainda é mais conhecida e valorizada por estrangeiros, especialmente europeus e americanos, que investem em pacotes turísticos mais caros e com maior tempo de permanência, explorando a região em cruzeiros e expedições. Essa disparidade revela a necessidade de promover o turismo interno na Amazônia, incentivando os brasileiros a conhecer e valorizar seu patrimônio natural e cultural.

A urgência climática impulsionada pela realização da COP30 tem direcionado os olhares para a Amazônia, reconhecendo seu papel fundamental na regulação do clima global. No entanto, essa descoberta tardia tem gerado também aberrações e equívocos, como a leitura distorcida de manifestações culturais tradicionais, o olhar exótico sobre os costumes locais e a superestimação de problemas regionais.

É fundamental que a revelação da Amazônia seja acompanhada de um olhar crítico e consciente, que valorize a diversidade cultural e a riqueza natural da região, combatendo estereótipos e preconceitos. Somente assim será possível construir um futuro sustentável para a Amazônia, em que o desenvolvimento econômico esteja alinhado com a preservação ambiental e o bem-estar social de sua população.

5 Dicas para uma Imersão Consciente na Amazônia:

1. Informe-se: Busque informações em fontes confiáveis sobre a história, a cultura e a biodiversidade da Amazônia.
2. Respeite: Valorize os costumes e as tradições das comunidades locais, evitando comportamentos que possam ofender ou desrespeitar sua cultura.
3. Consuma de forma consciente: Priorize produtos e serviços de empresas que adotam práticas sustentáveis e que valorizam a produção local.
4. Engaje-se: Apoie iniciativas que promovam a preservação ambiental e o desenvolvimento social da Amazônia.
5. Compartilhe: Divulgue informações e experiências positivas sobre a Amazônia, contribuindo para desmistificar estereótipos e preconceitos.

Acompanhe as novidades sobre a COP30 e a Amazônia no portal SETENTRIONAL.COM. Fique por dentro das notícias locais, regionais, nacionais e internacionais que impactam os nove estados da Amazônia Legal brasileira.

Fonte: https://noticiamarajo.com.br

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