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Falsos médicos Presos: Golpe em Pacientes Financiava Facção

G1

A Polícia Civil desmantelou um esquema criminoso que se passava por médicos para extorquir dinheiro de familiares de pacientes, revelando uma conexão surpreendente com o financiamento de uma facção criminosa em Mato Grosso. A “Operação Cura Ficta”, deflagrada nesta terça-feira (2), cumpriu mandados em Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Goiás e Rio de Janeiro, expondo a sofisticação e o alcance da quadrilha.

Em Rondonópolis (MT), cinco pessoas foram presas sob a acusação de integrar a estrutura financeira do esquema, responsável por receber e movimentar o dinheiro obtido através dos golpes. De acordo com as investigações, os valores extorquidos das vítimas no Rio Grande do Sul eram direcionados para membros de uma facção criminosa atuante em Mato Grosso, evidenciando um elo perigoso entre o crime virtual e o mundo do crime organizado.

O esquema, que vitimou pelo menos 30 pessoas no Rio Grande do Sul, consistia em contatar familiares de pacientes hospitalizados, informando sobre supostos agravamentos no quadro de saúde e exigindo pagamentos urgentes para exames e medicamentos não cobertos pelo plano de saúde. Para dar credibilidade ao golpe, os criminosos utilizavam nomes fictícios e até fotos roubadas da internet, além de demonstrarem conhecimento detalhado sobre o estado clínico dos pacientes, o que tornava a farsa ainda mais convincente.

As investigações revelaram que o líder do esquema é um detento de 35 anos, que comandava as operações de dentro da Penitenciária Major PM Eldo Sá Corrêa, em Rondonópolis. Mesmo encarcerado, ele coordenava as ligações e a logística do golpe, contando com o apoio de uma mulher, sua companheira, que atuava como braço direito na operação de contas bancárias e movimentação financeira.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul identificou que o dinheiro arrecadado com os golpes era lavado através de uma complexa estrutura, com ramificações em Mato Grosso e no Rio de Janeiro. Um dos suspeitos mantinha mais de 120 chaves PIX para dificultar o rastreamento dos valores, enquanto outros operadores eram responsáveis por disponibilizar e movimentar contas bancárias utilizadas para receber o dinheiro das vítimas.

A utilização de emuladores de Android em computadores permitia que os criminosos simulassem múltiplos celulares, facilitando a operação de diversas contas de WhatsApp e aplicativos bancários sem serem facilmente identificados. Essa sofisticação tecnológica demonstra a complexidade do esquema e a ousadia dos criminosos.

O caso levanta sérias questões sobre a segurança de dados de pacientes e a vulnerabilidade de familiares em momentos de fragilidade. A Polícia Civil segue investigando a origem do vazamento de informações sobre o estado clínico dos pacientes, buscando identificar possíveis envolvidos dentro dos hospitais.

Dicas para se Proteger de Golpes Virtuais:

1. Desconfie de Ligações Urgentes: Nunca faça pagamentos ou forneça dados pessoais por telefone sem antes verificar a veracidade da informação por outros meios.
2. Confirme a Informação: Entre em contato diretamente com o hospital ou médico para confirmar o quadro de saúde do paciente e a necessidade de pagamentos adicionais.
3. Proteja seus Dados: Não compartilhe informações pessoais ou bancárias em ligações ou mensagens suspeitas.
4. Utilize Antivírus e Mantenha-o Atualizado: Tenha sempre um bom antivírus instalado em seus dispositivos e mantenha-o atualizado para proteger-se contra softwares maliciosos.
5. Denuncie: Caso seja vítima de um golpe, registre um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima e informe o banco sobre a fraude.

Fique atento e proteja-se contra golpes virtuais. A informação é a sua melhor defesa.

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Fonte: https://g1.globo.com

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