O Hospital do Câncer de Mato Grosso (HCanMT) enfrenta um grave déficit financeiro, com um rombo de aproximadamente R$ 2 milhões por mês neste ano, conforme balanço divulgado pela direção da unidade. A situação preocupa, uma vez que a instituição é referência no tratamento oncológico para pacientes de todo o estado, com um alto índice de atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS).
De setembro do ano passado a setembro deste ano, o HCanMT realizou mais de 246 mil atendimentos, abrangendo consultas, cirurgias e diversos tratamentos oncológicos. A relevância do hospital para a população fica evidente ao constatar que 94% dos pacientes são provenientes do SUS, demonstrando o compromisso da instituição em garantir o acesso à saúde para aqueles que mais precisam.
Apesar do grande volume de atendimentos, a direção do hospital alerta que os repasses do SUS cobrem apenas 42% dos custos totais com os pacientes. Essa disparidade entre o financiamento e as despesas coloca em risco a sustentabilidade do HCanMT e a continuidade dos serviços prestados à população.
No período analisado, o HCanMT recebeu uma média de R$ 5,3 milhões por mês, valor considerado insuficiente diante das necessidades da instituição. A quantia representa uma queda de cerca de R$ 2 milhões em comparação com os repasses recebidos até agosto do ano passado. A diretoria do hospital atribui essa redução a uma mudança na metodologia de análise dos serviços prestados, implementada pelo governo estadual.
Além dos repasses do SUS, o HCanMT também conta com outras fontes de receita, como o Fundo de Equilíbrio Fiscal Estadual (FEEF), que contribui com uma média de R$ 765 mil por mês, e doações de empresas privadas, que somam cerca de R$ 800 mil mensais. No entanto, mesmo com essas fontes adicionais, a receita total não é suficiente para cobrir as despesas, que ultrapassam os R$ 10 milhões por mês, enquanto a receita se mantém no patamar de R$ 6,8 milhões.
A direção do HCanMT também ressalta que a prefeitura de Cuiabá possui uma dívida pendente com o hospital, referente à gestão passada. A falta de pagamento dessa dívida agrava ainda mais a situação financeira da instituição.
Apesar das dificuldades financeiras, o HCanMT tem investido na ampliação de sua estrutura, por meio de doações da iniciativa privada. Um exemplo é a UTI adulta, que passará de 11 para 18 leitos, permitindo o aumento da capacidade de atendimento a pacientes em estado grave.
A situação do Hospital do Câncer de Mato Grosso exige atenção e mobilização de todos os setores da sociedade. É fundamental que o governo estadual reveja a metodologia de análise dos serviços prestados e garanta um financiamento adequado para a instituição. Além disso, é importante que a prefeitura de Cuiabá quite a dívida pendente e que a sociedade civil continue a apoiar o HCanMT por meio de doações e outras formas de colaboração.
Como Ajudar o Hospital do Câncer de Mato Grosso a Superar o Déficit:
1. Doações Financeiras: Contribua com qualquer valor através dos canais oficiais do hospital. Cada doação faz a diferença para garantir a continuidade dos tratamentos.
2. Voluntariado: Dedique seu tempo e talento como voluntário em diversas áreas do hospital. O apoio de voluntários é essencial para o bom funcionamento da instituição.
3. Divulgação: Compartilhe informações sobre a situação do HCanMT em suas redes sociais e grupos de amigos. Quanto mais pessoas souberem, maior a chance de arrecadar recursos e apoio.
4. Parcerias: Se você representa uma empresa, considere estabelecer uma parceria com o HCanMT para ações de responsabilidade social. Juntos, é possível fazer a diferença na vida de muitos pacientes.
5. Participação em Eventos: Fique atento aos eventos beneficentes promovidos pelo hospital e participe ativamente. Além de ajudar, você terá a oportunidade de conhecer mais sobre o trabalho da instituição.
O Setentrional.com acompanha de perto a situação do HCanMT e reforça a importância de unir esforços para garantir o acesso ao tratamento oncológico para todos que precisam. Acesse nosso portal para mais informações e atualizações sobre este e outros temas relevantes para a região amazônica.
Fonte: https://g1.globo.com
