Em um caso chocante que coincide com o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, Emerson Gibson Santos Chagas, vice-prefeito de Presidente Sarney, no Maranhão, foi preso na manhã da última terça-feira (25) sob a acusação de agredir sua esposa. A prisão ocorreu após uma denúncia formal de violência doméstica, envolvendo lesão corporal, desacato e resistência à prisão.
De acordo com o relato policial, a agressão teria ocorrido na residência do casal em Presidente Sarney. A esposa de Emerson, visivelmente abalada, tentou impedir a prisão do marido, chegando a segurar a viatura policial. No entanto, ela não solicitou uma medida protetiva de urgência, um recurso crucial em casos de violência doméstica.
O caso foi formalmente registrado na Delegacia Especial da Mulher em Pinheiro, e o vice-prefeito foi encaminhado para a unidade prisional local, onde aguarda as determinações da Justiça. As autoridades policiais asseguram que todas as medidas legais cabíveis estão sendo rigorosamente adotadas.
A ironia do caso reside no fato de que, no mesmo dia da prisão, a Prefeitura de Presidente Sarney havia publicado em suas redes sociais uma mensagem de compromisso com a proteção e a dignidade das mulheres. Até o momento, a prefeitura e o prefeito não emitiram qualquer declaração oficial sobre as acusações contra o vice-prefeito, levantando sérias dúvidas sobre a postura da administração municipal diante deste grave incidente.
Em resposta às acusações, Guibson Chagas, como é conhecido o vice-prefeito, divulgou uma nota oficial negando veementemente as alegações de agressão. Ele afirma que a própria esposa, Caroline Raquel, desmentiu a versão inicial dos fatos. O vice-prefeito também enfatizou seu compromisso com a legalidade e sua disposição para colaborar com as investigações, buscando esclarecer o ocorrido.
A nota oficial da assessoria de comunicação do vice-prefeito detalha:
“Em respeito à verdade dos fatos e à população de Presidente Sarney, esclarecemos que o vice-prefeito nega veementemente ter praticado qualquer ato de agressão. Ressaltamos, ainda, que a própria Caroline Raquel relatou que não foi agredida por ele, afastando a versão inicialmente divulgada.”
Guibson Chagas reafirma seu compromisso com a legalidade, a justiça e o respeito às mulheres, e informa que permanece à inteira disposição das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos necessários, colaborando com as investigações e confiando plenamente no trabalho da Justiça.
A assessoria conclui a nota expressando confiança de que a verdade prevalecerá e que os fatos serão devidamente esclarecidos nos autos, evitando julgamentos precipitados e respeitando o devido processo legal.
Este caso serve como um lembrete contundente da persistência da violência doméstica e da importância de medidas efetivas para proteger as vítimas e responsabilizar os agressores. A situação exige uma investigação completa e transparente para garantir que a justiça seja feita e que a verdade seja estabelecida.
5 Dicas Essenciais para Combater a Violência Doméstica:
1. Denuncie: Não hesite em denunciar qualquer forma de violência doméstica. Ligue para o 180 (Central de Atendimento à Mulher) ou procure a delegacia mais próxima. O silêncio perpetua o ciclo de violência.
2. Busque Ajuda: Procure apoio psicológico e jurídico. Existem diversas organizações não governamentais e serviços públicos que oferecem assistência gratuita às vítimas de violência doméstica.
3. Crie uma Rede de Apoio: Compartilhe sua situação com amigos, familiares e colegas de confiança. Ter uma rede de apoio pode fazer toda a diferença para romper o ciclo de violência e reconstruir sua vida.
4. Conheça seus Direitos: Informe-se sobre seus direitos e os recursos disponíveis para sua proteção. A Lei Maria da Penha garante medidas protetivas e responsabiliza os agressores.
5. Eduque e Conscientize: Promova a conscientização sobre a violência doméstica em sua comunidade. Incentive o diálogo aberto sobre o tema e desafie as normas culturais que perpetuam a desigualdade de gênero e a violência contra as mulheres.
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Fonte: https://g1.globo.com
