A greve dos rodoviários da empresa 1001 em São Luís persistiu neste sábado, com os trabalhadores reivindicando o pagamento de seus salários. A categoria ameaça iniciar uma greve geral no sistema de transporte público na próxima quinta-feira, caso suas demandas não sejam atendidas.
A paralisação impacta diretamente os moradores de 15 bairros da cidade, incluindo Ribeira, Vila Kiola, Vila Itamar, Tibiri, Cohatrac, Parque Jair, Parque Vitória, Alto do Turu, Vila Lobão, Vila Isabel Cafeteira, Vila Esperança, Pedra Caída, Recanto Verde, Forquilha e Ipem Turu.
O movimento grevista ocorre após o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Maranhão (Sttrema) reiterar a cobrança à empresa para que cumpra a cláusula da Convenção Coletiva que assegura o pagamento dos salários dos funcionários.
Na sexta-feira, o Sttrema notificou as empresas, concedendo um prazo de 72 horas úteis para que todos os atrasos sejam quitados. O sindicato adverte que, caso o prazo não seja cumprido, uma greve de grande escala poderá paralisar todo o sistema de transporte urbano da capital.
De acordo com o sindicato, os atrasos salariais são frequentes e têm prejudicado os rodoviários, além de comprometer a qualidade do serviço prestado à população.
A Prefeitura de São Luís informou que está buscando autorização judicial para depositar valores de subsídios destinados ao pagamento de parcelas atrasadas. A administração municipal argumenta que a greve é injustificada, uma vez que o subsídio já pago deveria ser utilizado exclusivamente para o pagamento dos salários dos trabalhadores.
O prefeito da cidade pretende depositar o valor diretamente em uma conta judicial, garantindo o pagamento dos salários, conforme acordo firmado no início do ano. No entanto, após ter o pedido inicial negado em primeira instância, a prefeitura protocolou um novo pedido diretamente no Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA).
A primeira ação foi extinta sob o argumento de que apenas o TRT-16 pode analisar questões relacionadas à greve, decisões liminares e dissídio coletivo. Essa decisão impede a prefeitura de depositar os R$ 2 milhões anunciados e representa mais um obstáculo para a efetivação do repasse.
Enquanto isso, a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) declarou que está acompanhando as negociações e que continuará a oferecer vouchers de corridas por aplicativo durante a greve no transporte público.
Fonte: g1.globo.com
