A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deu início, nesta terça-feira, ao julgamento de dez réus que compõem o núcleo 3 da investigação sobre a suposta trama golpista. Os eventos investigados ocorreram durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O grupo é formado por nove militares do Exército e um policial federal. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa os dez de integrarem organização criminosa armada, além de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de golpe de Estado. Também respondem por dano qualificado pela violência e grave ameaça, assim como deterioração de patrimônio tombado.
Os acusados são conhecidos como “kids-pretos”, militares que integravam o grupamento de forças especiais do Exército. A PGR alega que eles planejaram “ações táticas” com o objetivo de concretizar o plano golpista.
Os investigados que fazem parte deste núcleo são: o coronel Bernardo Romão Correa Netto, o general Estevam Theophilo, o coronel Fabrício Moreira de Bastos, o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, o coronel Márcio Nunes de Resende Júnior, o tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, o tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior, o tenente-coronel Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros e o policial federal Wladimir Matos Soares.
No caso específico do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior, a PGR solicitou a desclassificação da acusação para o crime de incitação das Forças Armadas contra os poderes constitucionais. Se a medida for aceita, o acusado poderá ter a chance de firmar um acordo para evitar uma condenação. Atualmente, ele responde pelos mesmos cinco crimes imputados aos demais réus.
Até o momento, o STF já proferiu condenações contra 15 réus envolvidos na trama golpista. Sete deles pertenciam ao Núcleo 4, enquanto os outros oito integravam o Núcleo 1, liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O julgamento do grupo 2 está previsto para começar em 9 de dezembro. O núcleo 5 é formado pelo empresário Paulo Figueiredo, que reside nos Estados Unidos e não há previsão de julgamento para ele.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
