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Relação professor-aluno impulsiona propósito de vida, revela estudo inédito

© José Cruz/Agência Brasil

Um estudo inédito conduzido pelo Instituto Ânima revelou a forte influência da relação entre professores e alunos no desenvolvimento de um propósito de vida para os estudantes. A pesquisa, realizada em colaboração com o Laboratório de Estudos e Pesquisas em Educação e Economia Social da Universidade de São Paulo (Lepes/USP), analisou 500 mil respostas de profissionais de educação e estudantes de escolas públicas nos estados de Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pará e São Paulo. Os dados foram coletados em três etapas, duas em 2023 e a última no ano passado.

O estudo, intitulado Avaliação Diagnóstica: Pesquisa com Professores e Estudantes sobre Projeto de Vida, Saúde Mental, Clima Escolar e Competências Socioemocionais, demonstra que alunos que se sentem à vontade para conversar com seus professores sobre seus sentimentos apresentam uma média de propósito de vida 16% maior do que aqueles que não têm essa abertura. A influência da família também é significativa, com um aumento de 20% na média de propósito de vida entre estudantes que contam com o apoio familiar para compartilhar suas emoções.

A pesquisa destaca ainda a correlação entre saúde mental e propósito de vida. Estudantes com a mesma avaliação de saúde mental, seja ela alta ou baixa, apresentam uma diferença de até 30% no propósito de vida, dependendo da relação com o professor.

O estudo identificou fatores de risco à saúde mental dos estudantes, tanto dentro quanto fora do ambiente escolar, que podem afetar o desenvolvimento de seus propósitos de vida. Entre eles, 29% dos alunos acreditam que sua saúde mental é afetada pelos estudos, 26% já sofreram bullying e 24% se sentem pressionados a atender um padrão de beleza. Além disso, 21% se dizem angustiados com a situação financeira do lar, 16% se sentiram sozinhos e 13% se sentem compelidos a seguir comportamentos vistos nas redes sociais.

Entre os fatores que mais contribuem para o desenvolvimento do propósito de vida, as competências socioemocionais lideram, com 54,9%, seguidas pela qualidade da relação com o professor (14,7%), saúde mental (14,5%), apoio da família (11%) e características individuais (4,7%).

Os professores também foram avaliados na pesquisa, com foco em sua atuação e propósito de trabalho. Entre os principais resultados, destacam-se a saúde mental e a autoeficácia como elementos que mais influenciam o propósito do professor e seu engajamento.

O Instituto Ânima, em parceria com a Fundação Z Zurich, desenvolve o projeto Papo de Cabeça, que promove o desenvolvimento de competências socioemocionais e apoia o projeto de vida dos alunos. A iniciativa oferece cursos de pós-graduação e extensão sobre educação socioemocional para professores das redes parceiras.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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