Mais de 4,8 milhões de candidatos se preparam para as primeiras provas do Exame Nacional do Ensino Médio de 2025 no próximo domingo, com um desafio que vai além do conteúdo programático. A maratona de 5 horas e 30 minutos exigirá não só conhecimento em áreas como história, geografia, filosofia, sociologia e línguas estrangeiras, mas também uma gestão de tempo eficiente.
Uma recomendação importante é dedicar tempo à redação desde o início. “O estudante deve separar de uma hora a uma hora e meia para montar sua redação e deixar para ir para a prova depois desta parte”, orienta um especialista. Evitar “chutar” questões por falta de tempo é crucial, pois a nota é calculada pela Teoria de Resposta ao Item (TRI).
A TRI avalia a coerência pedagógica do candidato, não apenas a quantidade de acertos. O modelo matemático da TRI identifica a consistência das respostas com base no grau de dificuldade de cada questão. A expectativa é que quem acerta as questões difíceis também acerte as fáceis, refletindo uma progressão natural do conhecimento.
Cada questão é analisada por três parâmetros: discriminação (capacidade de diferenciar quem domina a habilidade), dificuldade (quanto mais difícil, maior o valor) e acerto casual (probabilidade de “chutar” a resposta certa).
A nota final não depende diretamente do número bruto de acertos. Candidatos com a mesma quantidade de acertos podem ter notas diferentes, dependendo de quais questões foram acertadas. Um alto número de acertos geralmente resulta em uma nota alta, e poucos acertos levam a uma nota baixa.
Embora não seja recomendável, o Inep esclarece que acertar uma questão “no chute” não diminui a nota, mas o valor atribuído é menor em comparação com acertos decorrentes de conhecimento consistente. Deixar uma questão em branco, por outro lado, sempre a contabiliza como errada.
As notas mínimas e máximas variam a cada edição do exame. As notas de cada área de conhecimento serão divulgadas em janeiro de 2026, juntamente com os resultados individuais.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
