O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Amapá (Sebrae) promoveu o “Seminário de Economia Criativa – Mercado Criativo Amapaense”, um evento que reuniu empreendedores, artistas, produtores e agentes culturais para discutir inovação, identidade e sustentabilidade no dinâmico mercado criativo local. O seminário, realizado na sede da instituição, ofereceu um espaço crucial para o debate e o networking, impulsionando o setor no estado.
A superintendente do Sebrae, Alcilene Cavalcante, enfatizou a importância estratégica da economia criativa para o desenvolvimento econômico do Amapá. “Músicos, artistas, profissionais da moda, do audiovisual e dos games são empreendedores que impulsionam nossa economia. Nosso papel é fortalecer esses segmentos, oferecendo capacitação, conexão e visão de mercado. O seminário cria pontes entre talentos locais e novas oportunidades para gerar valor, renda e posicionamento para os negócios”, destacou Alcilene Cavalcante.
A secretária de Cultura do Estado do Amapá, Clicia Di Miceli, ressaltou a valiosa parceria com o Sebrae para expandir o alcance do setor cultural. “A criatividade é um capital intelectual valioso que cada artista possui e transforma em produto. O Sebrae acredita nisso e fortalece o estado ao impulsionar o empreendedorismo cultural. Os participantes aqui presentes colaboram para que nossos produtos circulem no mercado nacional e global. Continuaremos unidos para ampliar este movimento”, declarou Clicia Di Miceli.
O seminário foi estruturado com palestras e painéis que abordaram temas cruciais para o desenvolvimento do setor criativo no Amapá. Diogo Tirbutino, analista de programas e projetos em economia criativa do Sebrae São Paulo, abriu o evento com uma análise aprofundada sobre o valor econômico da criatividade e as oportunidades de negócios para o estado. Patrique Lima, secretário adjunto de Comunicação do Estado do Amapá (Secom), apresentou caminhos para a inovação cultural aplicada ao setor público.
Um dos pontos altos do seminário foi o painel “Do Som ao Sucesso”, que reuniu os renomados compositores Tomaz Miranda, Joãozinho Gomes e Zé Miguel. Mediados pela secretária da Cultura do Amapá (Secult), Clicia Di Miceli, eles discutiram temas como profissionalização, circulação e modelos de negócios na cadeia musical. Tomaz Miranda, compositor da Estação Primeira de Mangueira, expressou sua satisfação em trocar experiências com o público amapaense. “Estou muito feliz de estar aqui. Falamos de projeto de carreira, direito autoral e de todo o processo de composição do samba-enredo. Vim conhecer mais da cultura amapaense e da Amazônia Negra, e saio admirado com a riqueza daqui e com o jeito acolhedor do povo do Amapá”, afirmou.
O painel “Criar, Vestir e Pertencer” promoveu um debate enriquecedor sobre identidade, autoria e sustentabilidade, com a participação de Rejane Soares, Driko Peixoto, Lucius Vilar e Igor Leal, sob a mediação da pesquisadora Andreia França. Igor Leal, designer e empreendedor da marca D’ Samba, destacou a potência cultural do Amapá e sua forte conexão com o público local. “Para mim, que venho da comunidade e aprendi a sentir antes de criar, o Amapá é um dos estados mais potentes do Brasil. Estar aqui falando sobre identidade, conhecimento e defesa cultural significa muito. A cultura daqui tem uma força absurda, e eu encontrei uma parte dessa família criativa também”, compartilhou Igor Leal.
Outros painéis abordaram temas como “Corpos em Movimento”, com foco nas empreendedoras da dança Letícia Paixão, Cleide Façanha e Tatiane Negrão, e “Cenas que Geram Valor”, com experiências de produção, gestão e inovação apresentadas por Josimar Sales, Rayane Penha, Jack Silva e Rodrigo Souza. O seminário também explorou o crescente mercado de games no painel “Game Business: Criatividade, Tecnologia e Lucro”, com Leonardo Ferreira e Dr. Cristiano Max.
A iniciativa do Sebrae contou com o apoio de diversas instituições e coletivos, incluindo o Polo de Economia Criativa do Sebrae de São Paulo/SP, a Associação dos Músicos e Compositores do Amapá (Amcap), a Secretaria de Cultura do Estado do Amapá (Secult), a Secretaria de Estado da Comunicação do Amapá (Secom), o Grupo de Lideranças da Região dos Lagos, os coletivos Modamazon e Zwanga Fashion, o Serviço Social do Comércio (Sesc), o Coletivo Gamedev Amapaense e o Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria Nacional de Economia Criativa.
O “Seminário de Economia Criativa – Mercado Criativo Amapaense” foi coordenado pelo gerente da Unidade de Mercado e Internacionalização (UMI), Rômulo Brasão, pelas analistas Thaís Tabosa e Kátia Sarmento e pela assessora técnica Clara Vieira.
5 Dicas Essenciais para Empreendedores da Economia Criativa no Amapá:
1. Invista em Capacitação: Busque cursos, workshops e mentorias oferecidos pelo Sebrae e outras instituições para aprimorar suas habilidades e conhecimentos em áreas como gestão de negócios, marketing digital e propriedade intelectual.
2. Fortaleça sua Rede de Contatos: Participe de eventos, feiras e encontros do setor para conhecer outros empreendedores, artistas, produtores e agentes culturais. O networking é fundamental para criar parcerias, trocar experiências e encontrar novas oportunidades de negócios.
3. Valorize a Identidade Local: Explore os elementos da cultura amapaense em seus produtos e serviços. A originalidade e a autenticidade são diferenciais importantes para se destacar no mercado e atrair consumidores que valorizam a identidade local.
4. Explore o Marketing Digital: Utilize as redes sociais, o e-mail marketing e outras ferramentas digitais para divulgar seus produtos e serviços, construir sua marca e se conectar com seus clientes. O marketing digital é uma forma acessível e eficaz de alcançar um público amplo e diversificado.
5. Busque Apoio Financeiro: Pesquise as linhas de crédito e os programas de incentivo oferecidos pelo governo, pelo Sebrae e por outras instituições para financiar seu negócio. O acesso ao crédito pode ser fundamental para investir em equipamentos, expandir sua produção e aumentar suas vendas.
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