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Marabá (PA) Alerta: monitoramento Reforçado Contra o mexilhão-dourado

ascom

A Prefeitura de Marabá (PA), por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), em colaboração com o Instituto Evandro Chagas (IEC), o Ministério Público Estadual e a Unifesspa, intensificou o monitoramento da bacia hidrográfica dos rios Itacaiúnas e Tocantins. Essa ação visa avaliar a qualidade da água e mitigar os impactos ambientais causados pela crescente presença do mexilhão-dourado, uma espécie exótica invasora que ameaça o equilíbrio ecológico da região.

O monitoramento, realizado semestralmente, abrange os municípios de Marabá, Itupiranga e Tucuruí, onde equipes especializadas coletam e analisam amostras de água em pontos estratégicos. O objetivo é identificar possíveis fontes de poluição e mapear os efeitos da proliferação do mexilhão-dourado.

Evandro Barros, Secretário Municipal de Meio Ambiente, enfatiza a importância do monitoramento para orientar políticas de fiscalização, licenciamento e proteção dos recursos hídricos. “Este acompanhamento da qualidade da água é fundamental para subsidiar nossas ações de fiscalização, licenciamento ambiental e garantir a proteção da biodiversidade aquática”, afirma.

A pesquisadora do Instituto Evandro Chagas, Eliane Brabo, destaca que a avaliação detalhada da qualidade da água busca identificar tanto os impactos de atividades humanas no rio Itacaiúnas quanto os efeitos da infestação do mexilhão-dourado no Pedral do Lourenço. “Analisamos o rio Itacaiúnas, que recebe influência de atividades industriais e comerciais, e o Pedral do Lourenço, que sofre diretamente com a infestação do mexilhão-dourado”, explica Eliane.

A equipe percorreu 11 pontos no rio Itacaiúnas, incluindo áreas próximas a pontes e o Lago Vermelho, um importante berçário natural. As análises abrangem diversos parâmetros, como temperatura, pH, condutividade, metais pesados e indicadores microbiológicos, para avaliar a qualidade da água para diferentes usos, desde atividades de lazer até o abastecimento público.

A Ameaça do Mexilhão-Dourado

Originário do Sudeste Asiático, o mexilhão-dourado chegou ao Brasil na década de 1990, transportado pelas águas de lastro de navios cargueiros. A primeira ocorrência na região do Tocantins foi registrada em Marabá, em 2022, e desde então, as notificações têm aumentado.

No Pedral do Lourenço, a presença maciça do molusco preocupa os pesquisadores. “O Pedral apresenta condições ideais para a incrustação do mexilhão, o que favorece a infestação. Essa espécie exótica altera o equilíbrio ecológico, afeta o ciclo de nutrientes e impacta diretamente a fauna de peixes”, alerta Eliane Brabo.

As colônias de mexilhão-dourado podem ultrapassar 100 mil indivíduos por metro quadrado, causando prejuízos à pesca, à vegetação aquática, à navegação e ao funcionamento de sistemas hidráulicos e hidrelétricos.

Parcerias Estratégicas

A parceria entre a Prefeitura de Marabá (PA), o Instituto Evandro Chagas, a Unifesspa e o Ministério Público Estadual é fundamental para o sucesso do monitoramento. A Semma fornece logística e servidores treinados, enquanto a Unifesspa disponibiliza seu laboratório para a realização de parte das análises. O Ministério Público Estadual articula as instituições envolvidas, garantindo a coordenação dos esforços.

Próximos Passos

Com base nos resultados das análises semestrais, a Semma planeja:

1. Intensificar a fiscalização nos trechos com maior impacto ambiental.
2. Orientar ações de controle ambiental.
3. Ajustar os processos de licenciamento com base na saúde dos rios.
4. Elaborar estratégias específicas para áreas afetadas pelo mexilhão-dourado.
5. Promover educação ambiental sobre o uso responsável da água.

“Nosso compromisso é garantir a manutenção da qualidade da água e a proteção dos recursos hídricos das bacias do Itacaiúnas e Tocantins”, reforça o Secretário Evandro Barros.

Dicas para Proteger os Rios e Combater o Mexilhão-Dourado

1. Não jogue lixo nos rios: O descarte inadequado de resíduos sólidos e líquidos polui a água e prejudica a vida aquática.
2. Economize água: O uso consciente da água reduz a pressão sobre os recursos hídricos e contribui para a preservação dos rios.
3. Denuncie atividades ilegais: Informe as autoridades sobre casos de pesca predatória, desmatamento e outras atividades que possam prejudicar os rios.
4. Participe de ações de limpeza: Engaje-se em iniciativas de limpeza de rios e margens para remover lixo e outros poluentes.
5. Informe-se sobre o mexilhão-dourado: Conheça os riscos e as formas de prevenção da proliferação dessa espécie invasora.

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Fonte: https://maraba.pa.gov.br

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