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Retrocesso Ambiental: Congresso Derruba Veto e Preocupa Gleisi

© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A derrubada de vetos à Lei de Licenciamento Ambiental pelo Congresso Nacional gerou forte reação da ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que classificou a decisão como uma “perda para o Brasil”. A medida, que flexibiliza regras para o licenciamento ambiental, preocupa especialistas e ativistas, que temem impactos negativos para o meio ambiente, a segurança alimentar e a saúde da população, além dos direitos de povos indígenas e quilombolas.

Gleisi Hoffmann expressou sua preocupação, enfatizando que a decisão dos parlamentares representa um retrocesso para a proteção dos biomas brasileiros e para a reputação dos produtos exportados pelo país. A ministra também destacou a contradição da medida com os esforços recentes do Brasil na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém, no Pará.

A Lei de Licenciamento Ambiental, aprovada pela Câmara dos Deputados em julho e sancionada com 63 vetos pelo presidente Lula em agosto, busca modernizar e agilizar os processos de licenciamento, mas críticos argumentam que ela pode abrir brechas para atividades prejudiciais ao meio ambiente. O governo federal, em nota divulgada antes da votação, defendeu a manutenção dos vetos, alegando que eles foram definidos após rigorosas avaliações técnicas e jurídicas, com a participação da comunidade científica e de diversos setores da sociedade.

A decisão do Congresso de derrubar 56 dos 63 vetos presidenciais ao projeto de lei (PL) que elimina ou flexibiliza regras para o licenciamento ambiental no Brasil reacendeu o debate sobre os limites do desenvolvimento econômico e a importância da proteção ambiental. O texto, apelidado pelos críticos de “PL da Devastação”, representa um desafio para a agenda ambiental do governo e pode ter implicações significativas para a região amazônica, que abriga a maior floresta tropical do mundo.

A Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) manifestou preocupação com a derrubada dos vetos, alertando para as potenciais ameaças às terras indígenas. A flexibilização das regras de licenciamento pode facilitar a exploração de recursos naturais em áreas protegidas, colocando em risco a cultura e o modo de vida das comunidades tradicionais.

Diante desse cenário desafiador, é fundamental que a sociedade civil se mobilize para defender o meio ambiente e os direitos dos povos indígenas e quilombolas. Acompanhar de perto as decisões do governo e do Congresso, participar de audiências públicas e manifestações, e cobrar responsabilidade das empresas e dos agentes políticos são ações importantes para garantir um futuro mais sustentável para o Brasil.

5 Dicas para um Desenvolvimento Sustentável na Amazônia Legal:

1. Fortalecer a fiscalização ambiental: É essencial aumentar a presença do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e de outros órgãos de fiscalização na região amazônica para combater o desmatamento ilegal, a grilagem de terras e outras atividades criminosas.

2. Incentivar a produção sustentável: É importante apoiar iniciativas que promovam o desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis, como o manejo florestal comunitário, a produção de alimentos orgânicos e o ecoturismo.

3. Promover a regularização fundiária: A regularização da situação fundiária é fundamental para garantir a segurança jurídica das comunidades tradicionais e para evitar conflitos agrários.

4. Investir em educação ambiental: É importante conscientizar a população sobre a importância da preservação ambiental e promover a educação ambiental nas escolas e nas comunidades.

5. Valorizar o conhecimento tradicional: O conhecimento dos povos indígenas e das comunidades tradicionais sobre o uso sustentável dos recursos naturais é fundamental para o desenvolvimento de soluções inovadoras e eficazes.

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Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br

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