A Floresta Nacional de Caxiuanã, no coração do Marajó, se transformou em um palco de saberes e descobertas com a realização da XIV Olimpíada de Ciências. Estudantes das cidades de Portel e Melgaço chegaram em grande estilo, com barcos adornados e gritos de guerra, celebrando a abertura do evento que tem como tema central “Baía de saberes: soluções marajoaras para a crise climática”. A iniciativa, promovida pelo Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), na base localizada na Floresta Nacional de Caxiuanã, reúne estudantes, educadores e membros das comunidades locais para o encerramento do Programa de Educação da Estação Científica Ferreira Penna.
Durante uma semana, os participantes mergulharão em um universo de atividades científicas, consolidando o conhecimento adquirido ao longo dos últimos meses. A programação inclui oficinas, apresentações de trabalhos e atividades culturais que valorizam a riqueza da região. Embora a competição e a premiação façam parte da experiência, o maior prêmio para os mais de 80 estudantes e professores é a oportunidade de expandir seus horizontes e contribuir para o desenvolvimento da Amazônia.
O Programa de Educação do Museu Goeldi tem como objetivo principal a disseminação da ciência, buscando melhorar o desempenho dos estudantes nas disciplinas que compõem o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Há 30 anos, a ciência é utilizada como ferramenta de transformação social, e a olimpíada, que está em sua 14ª edição, é um exemplo do sucesso dessa abordagem.
Na cerimônia de abertura, realizada na Estação Ferreira Penna, representantes dos municípios e do Museu Goeldi deram as boas-vindas aos participantes. A chefe do Serviço de Educação (Seedu) do Museu Goeldi, Mayara Larrys, expressou sua gratidão aos estudantes e professores pelo engajamento nos projetos e a toda a equipe que tornou a olimpíada possível. “O Museu espera que vocês desfrutem da experiência de construção de conhecimento, e que seja de uma forma afetiva, que vocês lembrem desses momentos daqui a muitos anos. Que alguns de vocês (que estão como alunos e alunas hoje), possam retornar, daqui a uns anos, como professores, professoras. Sejam bem-vindos”, enfatizou.
Os representantes da Secretaria de Educação de Portel, Vilmar Cruz e Emerson Flores, e a professora Helena Jardim, representante das escolas de Melgaço, também compartilharam suas expectativas para a olimpíada, destacando a importância da troca de saberes e do incentivo à pesquisa científica.
Soluções Marajoaras para um Futuro Sustentável
O grande desafio desta edição da olimpíada é encontrar soluções para a crise climática a partir da realidade da Ilha do Marajó. Os estudantes de Portel e Melgaço apresentarão tecnologias sociais que visam melhorar a qualidade de vida de suas comunidades. A chefe do Serviço de Educação (Seedu) do Museu Goeldi, Mayara Larrys, explicou que a olimpíada é a etapa final de um programa de educação que se iniciou com uma jornada pedagógica para professores, seguida pela Feira de Ciências de Caxiuanã, onde os alunos apresentaram seus projetos.
“E eles deram um show! Durante o evento, eles diziam: ‘Olha, aqui temos uma horta escolar. O nosso problema era a comida, porque o barco não consegue chegar quando a maré está baixa, e a maré está baixa por causa da crise climática’. Então, eles detalhavam como aquele assunto foi tratado em diversas disciplinas, com produção de texto, pesquisa sobre benefícios dos alimentos ao organismo, cálculos de escala e profundidade para o plantio, capacidade de suporte de solo… Enfim, os projetos ficaram tão bons que a gente precisou colocar a nota de corte em 8”, comemorou a chefe do Serviço de Educação.
A XIV Olimpíada de Ciências de Caxiuanã reúne 57 estudantes e 30 professores de 13 escolas, que terão a oportunidade de aprimorar seus projetos, trocar experiências e contribuir para o desenvolvimento de soluções inovadoras para os desafios da Amazônia.
A realização da Olimpíada de Ciências de Caxiuanã é do Museu Goeldi e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com o patrocínio da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) e da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa).
Dicas para Otimizar o Aprendizado em Ciências:
1. Conecte a teoria com a prática: Busque exemplos práticos dos conceitos científicos em seu dia a dia. Experimente realizar experimentos simples em casa ou na escola para visualizar os fenômenos estudados.
2. Explore diferentes fontes de informação: Não se limite aos livros didáticos. Assista a documentários, leia artigos científicos, visite museus de ciência e participe de palestras e workshops.
3. Trabalhe em grupo: Discuta os temas com seus colegas, tire dúvidas e compartilhe seus conhecimentos. O aprendizado colaborativo é uma ótima forma de fixar o conteúdo e desenvolver o raciocínio lógico.
4. Faça perguntas: Não tenha medo de perguntar aos seus professores ou colegas sobre os assuntos que você não entendeu. A curiosidade é um dos principais motores da ciência.
5. Divirta-se: Aprender ciências pode ser muito divertido! Encontre formas criativas de estudar, como jogos, músicas ou aplicativos.
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Fonte: https://noticiamarajo.com.br
