O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) segue firme na proteção da Amazônia Legal. Em 3 de novembro de 2025, a “Operação Pará 2025 – Fase II” foi iniciada, com foco na prevenção, monitoramento e combate aos incêndios florestais que ameaçam as áreas da União, especialmente no interior e no entorno das Terras Indígenas Alto Rio Guamá (PA) e Alto Turiaçu (MA).
A decisão de intensificar as ações foi tomada após uma reunião crucial da sala de situação da Casa Civil da Presidência da República. As previsões meteorológicas apontavam para um cenário preocupante: altas temperaturas e baixa precipitação em grande parte da região norte, incluindo o sul do Amapá, além de áreas do Piauí, Ceará, Maranhão, Tocantins e Pará. Esse contexto aumentava significativamente o risco de incêndios e a necessidade de uma resposta rápida e eficiente.
A operação tem como objetivo central a proteção dos recursos naturais e da rica biodiversidade da região. Para isso, foram integradas diversas frentes de atuação, desde a sensibilização das comunidades indígenas e de assentados até a execução de medidas práticas como a construção de aceiros, rondas preventivas, monitoramento via satélite e sobrevoos com helicóptero. O combate direto aos incêndios, quando necessário, também é uma prioridade.
As áreas prioritárias da operação abrangem mais de 810 mil hectares e abrigam uma população de mais de 8,9 mil indígenas, pertencentes às etnias Tembé, Ka’apor e Awá-Guajá. A proteção dessas terras não é apenas uma questão ambiental, mas também uma questão de justiça social e de respeito aos direitos dos povos originários.
Na Terra Indígena Alto Rio Guamá, a vegetação original é composta por 72% de Floresta Ombrófila Densa e 28% de Formações Pioneiras. Essa característica torna a área particularmente vulnerável à propagação do fogo, especialmente devido ao acúmulo de material orgânico nas áreas de pastagem e à degradação causada por grandes incêndios nos anos de 2023 e 2024.
Para garantir a eficiência da operação, a área foi dividida em dois setores – TIARG e Alto Turiaçu – com quatro e três divisões, respectivamente. Um total de 141 profissionais estão envolvidos, incluindo 138 do Ibama e três da Funai. A equipe é composta por servidores efetivos, brigadistas temporários e tripulação aérea. A operação conta com uma frota de 30 veículos e equipamentos, incluindo 19 viaturas, três Rodofogos, um caminhão utilitário (F-4000), seis veículos utilitários de tarefa (UTVs) e um helicóptero. Todas as ações são gerenciadas pelo Sistema de Comando de Incidentes (SCI), que garante a coordenação e a comunicação entre as diferentes equipes.
Desde o início das atividades, as bases operacionais já realizaram 59,6 mil metros de aceiros, mapearam 202 roças, realizaram queima controlada em 90 roças tradicionais e combateram dez incêndios florestais. Os resultados alcançados até o momento são promissores. As Terras Indígenas Alto Rio Guamá e Alto Turiaçu registraram a menor área queimada de sua história, graças à resposta rápida das equipes, que têm conseguido controlar e extinguir focos de incêndio em até 48 horas após a ignição.
5 Dicas Essenciais para Prevenir Incêndios Florestais na Amazônia:
1. Conscientização Comunitária: Promova a educação ambiental nas comunidades locais, ensinando sobre os riscos dos incêndios e as melhores práticas para preveni-los.
2. Manejo Adequado do Fogo: Incentive técnicas de queima controlada para atividades agrícolas, com o acompanhamento de profissionais qualificados.
3. Monitoramento Constante: Utilize tecnologias de monitoramento via satélite e drones para detectar focos de incêndio em tempo real e acionar as equipes de combate rapidamente.
4. Fortalecimento da Fiscalização: Aumente a presença de agentes de fiscalização nas áreas de maior risco, combatendo atividades ilegais como o desmatamento e a mineração.
5. Investimento em Infraestrutura: Melhore a infraestrutura das bases operacionais, garantindo o acesso a equipamentos modernos e a condições de trabalho adequadas para as equipes de combate.
A Operação Pará 2025 – Fase II é um exemplo de como a ação coordenada e o investimento em recursos humanos e materiais podem fazer a diferença na proteção da Amazônia. A colaboração entre o Ibama, a Funai e as comunidades locais é fundamental para o sucesso da operação.
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Fonte: https://noticiamarajo.com.br
