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Desmontagem da COP 30 começa em Belém Com Auditoria Rigorosa

G1

A desmontagem das zonas Azul e Verde da COP 30, estruturas temporárias que abrigaram o evento no Parque da Cidade em Belém, já começou, logo após o encerramento da conferência climática no último sábado (22). Este processo minucioso, que levará semanas, será acompanhado de perto pelos órgãos responsáveis e por uma auditoria independente, garantindo a transparência e a sustentabilidade de todo o processo.

Um dos destaques da estrutura da Blue Zone era o seu teto, revestido com mais de 100 mil metros de tecido elastano tratado contra fogo, costurado por artesãs paraenses. Este material, parte das 64 estruturas modulares do evento, desempenhou um papel crucial na segurança, evitando a rápida propagação do incêndio ocorrido no dia 20 de novembro. O incidente, que afetou um pavilhão da Blue Zone, causou intoxicação por fumaça ou crises de ansiedade em 35 pessoas, mas foi rapidamente controlado em seis minutos, sem deixar feridos.

O arquiteto João Uchôa, renomado por projetos como Rock in Rio e Cidade do Samba, foi o responsável pelo projeto da COP 30. Em entrevista, Uchôa e o auditor Paulo Bertolini detalharam o planejamento do espaço e como a desmontagem será avaliada. A Blue Zone, com seus 300 mil metros quadrados, abrigou salas climatizadas, auditórios e sistemas de energia temporários. A Green Zone, com 50 mil m², foi aberta ao público. A previsão é que a desmontagem da Green Zone seja concluída até 15 de janeiro, enquanto a Blue Zone deve ser finalizada até o fim de fevereiro de 2026.

A montagem da COP 30 envolveu até 1.200 pessoas por dia, vindas de diversos estados como Pará, Rio de Janeiro, Bahia, Goiás, São Paulo e Maranhão. A operação logística e de instalação elétrica, hidráulica e de climatização foi contínua. Segundo Uchôa, a estrutura se compara a grandes festivais internacionais, mas com regras de segurança e protocolos da ONU ainda mais rigorosos.

Quase toda a estrutura foi alugada, incluindo paredes, pisos, divisórias, climatizadores e cabos. Este modelo garante que o material retorne aos fornecedores, minimizando o desperdício. O sistema de esgoto também foi projetado para tratar parte dos resíduos no local, utilizando uma técnica holandesa que remove 50% das impurezas antes de enviar o restante à rede municipal.

A auditoria de sustentabilidade, conduzida pela APCER Brasil, seguirá as normas internacionais ISO 20121 e ISO 14068-1, avaliando a gestão sustentável e a neutralidade de carbono. O processo, que começou antes da conferência, se estenderá até quatro semanas após a desmontagem. O relatório final analisará aspectos ambientais, como resíduos e consumo, sociais, como condições de trabalho e segurança, e econômicos, como uso dos recursos e viabilidade. A APCER já certificou grandes eventos no Brasil e no exterior, garantindo a qualidade e a transparência do processo.

O incêndio na Blue Zone também será objeto de análise, investigando a reação dos organizadores. A Polícia Federal do Brasil conduz uma investigação paralela sobre o incidente.

5 Dicas para Eventos Sustentáveis:

1. Planejamento Sustentável: Desde o início, priorize materiais reutilizáveis ou alugados para minimizar o desperdício.
2. Gestão de Resíduos: Implemente sistemas de coleta seletiva e compostagem para reduzir o impacto ambiental.
3. Eficiência Energética: Opte por fontes de energia renovável e equipamentos de baixo consumo para diminuir a pegada de carbono.
4. Transporte Sustentável: Incentive o uso de transporte público, bicicletas ou caronas para reduzir as emissões de gases poluentes.
5. Engajamento Comunitário: Envolva a comunidade local na organização e execução do evento, promovendo a conscientização e o desenvolvimento sustentável.

Para mais informações sobre a desmontagem da COP 30 e outras notícias da Amazônia Legal, continue acompanhando o portal SETENTRIONAL.COM.

Fonte: https://g1.globo.com

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