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Cármen Lúcia Alerta para violência contra mulheres negras

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, fez um alerta contundente sobre a persistente desigualdade, discriminação e preconceito que assolam o Brasil, especialmente no que se refere à violência contra mulheres e crianças. A declaração foi feita durante a abertura do seminário “Democracia: Substantivo Feminino”, realizado nesta segunda-feira (24).

Cármen Lúcia ressaltou a gravidade da violência contra as mulheres, especialmente as negras, que historicamente são as maiores vítimas. A ministra lembrou que muitas dessas mulheres enfrentam dificuldades econômicas e falta de acesso a serviços públicos essenciais, como educação. A fala da ministra ecoa em um momento crucial, marcando os 21 dias de luta para combater a violência contra as mulheres no Brasil, iniciados em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.

A ministra enfatizou a importância de ouvir as mulheres da sociedade civil, aprender com suas experiências e trabalhar em conjunto para construir um futuro mais justo e igualitário. “O poder é do povo, a mulher é o povo, é a maioria do povo brasileiro. Hoje, nós ouvimos as mulheres da sociedade civil e queremos aprender com elas”, afirmou.

Cármen Lúcia destacou que, embora a Constituição Federal garanta a igualdade entre homens e mulheres, a realidade ainda está distante desse ideal. A persistência de casos de submissão, iniquidade, agressão e violência demonstra que a igualdade não está plenamente estratificada na sociedade brasileira. A ministra usou uma estatística impactante para ilustrar a gravidade do problema: “Uma mulher assassinada a cada seis horas no Brasil é não civilizatório, mas, mais do que isso, é não humano”.

A presidente do TSE também citou um professor que expressava sua preocupação com a capacidade de alguns humanos de negarem sua própria essência e praticarem atos de violência contra mulheres. Por isso, a ministra enfatizou a importância da união entre homens e mulheres democratas na luta por uma sociedade com direitos iguais e dignidade respeitada para todos. “Nós não queremos uma sociedade só de mulheres, mas de homens e mulheres com direitos iguais, com dignidade respeitada de forma igual, porque o que queremos é todos juntos contribuir para uma sociedade de humanos e humanas iguais”, declarou.

A fala de Cármen Lúcia serve como um chamado à ação para que a sociedade brasileira se mobilize no combate à violência contra as mulheres e na promoção da igualdade de gênero. É preciso fortalecer as políticas públicas, garantir o acesso à justiça e à educação, e promover uma mudança cultural que valorize o respeito e a dignidade de todas as pessoas.

5 Dicas para Combater a Violência Contra a Mulher:

1. Denuncie: Se você presenciar ou sofrer qualquer tipo de violência, denuncie. Disque 180 para a Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência ou procure uma delegacia especializada.
2. Apoie: Ofereça apoio emocional e prático a mulheres que sofrem violência. Escute, acredite e ajude-as a buscar ajuda.
3. Eduque: Converse com seus amigos, familiares e colegas sobre a importância do respeito e da igualdade de gênero. Desconstrua estereótipos e preconceitos.
4. Participe: Envolva-se em iniciativas e projetos que combatem a violência contra a mulher. Apoie organizações que trabalham nessa área.
5. Vote: Escolha candidatos que defendam os direitos das mulheres e que se comprometam a combater a violência de gênero.

A luta pela igualdade de gênero e pelo fim da violência contra as mulheres é um dever de todos. Juntos, podemos construir um Brasil mais justo e igualitário para todas e todos.

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Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br

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