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Dia da prematuridade alerta para mais de 9 mil nascimentos precoces no Pará em 2025

G1

Pará Registra Alto Índice de Nascimentos Prematuros em 2025

Um levantamento recente da Plataforma de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde revela que, entre janeiro e setembro de 2025, o estado do Pará contabilizou 9.040 nascimentos de bebês prematuros. Essa estatística se refere a crianças nascidas antes da 37ª semana de gestação. Em âmbito nacional, o Brasil registrou um total de 193.281 casos no mesmo período.

Esses números alarmantes ressaltam a importância crítica das campanhas de conscientização, especialmente no Dia Mundial da Prematuridade, celebrado em 17 de novembro. A campanha Novembro Roxo de 2025 adotou o tema “Garanta aos prematuros começos saudáveis para futuros brilhantes”. O lema é fruto de colaboração entre organizações globais de pais de bebês prematuros, unidos por uma missão comum: melhorar os resultados para aqueles que nascem antes do tempo.

A pediatra e neonatologista Tattiana Alvarez enfatiza que o foco principal da campanha de 2025 é destacar a necessidade de oferecer aos prematuros um início de vida com cuidados especializados, humanizados e contínuos. Ela ressalta que esse cuidado deve começar nos primeiros minutos de vida, continuar durante a internação na UTI neonatal e se estender ao longo dos primeiros anos de vida.

A médica explica que cada intervenção realizada na primeira infância tem o potencial de impactar positivamente toda a vida de um bebê prematuro. “Quando oferecemos atenção integral, baseada em evidências e centrada na família, os prognósticos melhoram significativamente, reduzindo sequelas, internações futuras e ampliando as oportunidades de uma vida com mais qualidade para o bebê e para os pais”, completa a especialista. Dados indicam que a cada 10 minutos, seis bebês nascem prematuros no Brasil.

O Novembro Roxo reforça a urgência de investir em cuidados interdisciplinares especializados e em políticas públicas que garantam o acompanhamento adequado aos bebês prematuros. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), todo bebê que nasce com menos de 37 semanas de gestação é considerado prematuro.

As chances de sobrevivência estão diretamente relacionadas à idade gestacional, ao peso ao nascer e às complicações apresentadas pelo bebê. Esses fatores também influenciam o risco de sequelas, algumas das quais podem ser diagnosticadas apenas durante a infância.

Entre as principais causas do parto prematuro, destacam-se a ruptura prematura de membranas, a hipertensão materna, a insuficiência istmo-cervical, o descolamento prematuro da placenta, a placenta prévia, malformações uterinas, infecções uterinas, gestação múltipla, fertilização in vitro e malformações fetais.

Os bebês prematuros geralmente apresentam baixo peso ao nascer, pele fina, brilhante e rosada, veias visíveis, pouca gordura sob a pele, pouco cabelo, orelhas finas e moles, cabeça proporcionalmente maior que o corpo, musculatura fraca, pouca atividade corporal e reflexos de sucção e deglutição reduzidos. As principais complicações associadas à prematuridade incluem problemas respiratórios, complicações cardíacas e intestinais, hemorragia cerebral e retinopatia.

Fonte: g1.globo.com

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