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Cop30: urgência climática exige ação em quatro anos, alertam cientistas

G1

Um grupo de cientistas renomados internacionalmente emitiu um alerta crítico nesta sexta-feira sobre o progresso das negociações da COP30. O principal ponto de preocupação é que as emissões globais de CO2 devem aumentar 1,1% em 2025, um cenário que contrasta drasticamente com a necessidade urgente de redução.

Segundo os especialistas, se o ritmo atual persistir, o mundo terá apenas quatro anos para consumir o restante do orçamento de carbono que ainda permite limitar o aquecimento global a 1,5°C. Esse limite é considerado pela comunidade científica como o ponto de referência crucial para evitar os impactos mais devastadores da crise climática.

A declaração, divulgada no Pavilhão de Ciências Planetárias, ressalta que as grandes economias já esgotaram grande parte do orçamento de carbono disponível, enquanto as comunidades mais vulneráveis continuam a enfrentar as piores consequências das mudanças climáticas.

A carta enfatiza a necessidade de uma transformação radical na mentalidade e na governança em todos os países para alcançar emissões líquidas zero em escala global. Isso inclui a expansão da energia renovável, a eliminação gradual dos combustíveis fósseis e o fim do desmatamento.

Os pesquisadores enfatizam que cada aumento de 0,1°C eleva os riscos de ondas de calor extremas, tempestades intensas, incêndios e perdas econômicas significativas. Eles defendem que a adaptação deve ser uma prioridade central na COP30.

Paralelamente, a ONU cobrou do governo brasileiro uma resposta imediata para resolver problemas de segurança e infraestrutura que afetam a COP30. A cobrança ocorreu após um incidente em que um grupo de ativistas tentou invadir o pavilhão, resultando em feridos e danos.

Em uma carta direcionada ao ministro da Casa Civil e ao presidente da conferência, o secretário-executivo da UNFCCC, Simon Stiell, expressou preocupação com as falhas de segurança, mencionando a falta de efetivo policial suficiente e a ausência de garantias de resposta rápida das forças federais e estaduais.

A ONU também apontou outras vulnerabilidades, como portas sem monitoramento, contingente de segurança insuficiente e ausência de garantias de resposta rápida das forças federais e estaduais. Além disso, a carta destacou problemas de infraestrutura, incluindo calor excessivo em pavilhões, falhas de climatização, infiltrações causadas pela chuva e riscos associados à água próxima a instalações elétricas.

Em resposta, a Casa Civil da Presidência da República afirmou que todas as solicitações da ONU estão sendo atendidas. O órgão declarou que a segurança interna da Blue Zone é de responsabilidade do Departamento das Nações Unidas para Segurança e Proteção (UNDSS) e que representantes das esferas federal e estadual se reuniram com o UNDSS para reavaliar os meios e quantitativos policiais.

O governo informou ainda sobre a ampliação do espaço intermediário entre as Zonas Azul e Verde para aumentar a prevenção de incidentes semelhantes, além do fortalecimento do perímetro com a instalação de gradis e barreiras metálicas. Quanto ao conforto térmico, foram instalados novos aparelhos de ar-condicionado nas tendas e enviadas unidades adicionais para as salas com falhas de climatização. A Casa Civil esclareceu que os vazamentos registrados foram causados pelo rompimento de calhas, que já teriam sido reparados.

Fonte: g1.globo.com

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