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Cpi do crime organizado convoca ministros e governadores para depor

© Lula Marques/Agência Brasil

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, recém-instalada no Senado, aprovou uma série de convites que prometem movimentar o cenário político e de segurança pública do país. Entre os convocados estão dois ministros de Estado e 11 governadores, além de especialistas renomados e importantes figuras dos órgãos de segurança.

O relator da CPI, senador Alessandro Vieira, foi o responsável por apresentar os requerimentos que definiram as primeiras ações do colegiado. Além dos convites, Vieira também solicitou informações cruciais sobre o combate ao crime organizado diretamente aos ministérios da Justiça e Segurança Pública e da Defesa, buscando um panorama completo da situação.

Inicialmente, a CPI aprovou a convocação do ministro da Justiça e Segurança Pública, do ministro da Defesa, do diretor-geral da Polícia Federal e do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, entre outros representantes de destaque dos órgãos de segurança do governo federal.

Com um prazo de 120 dias para apresentar resultados, a comissão tem a ambiciosa tarefa de realizar um diagnóstico abrangente do crime organizado no Brasil e propor medidas eficazes para combater facções e milícias que atuam no país.

Em um movimento estratégico, a CPI também aprovou um requerimento que visa acelerar a tramitação na Câmara dos Deputados de propostas legislativas sobre segurança pública que já foram aprovadas no Senado, buscando dar celeridade a medidas que podem fortalecer o combate ao crime.

O relator Alessandro Vieira também solicitou o comparecimento de 11 governadores e seus respectivos secretários de Segurança. A escolha dos estados a serem representados seguiu um critério baseado nos indicadores do Ministério da Justiça e Segurança Pública e do Fórum Nacional de Segurança Pública, com foco tanto nos estados considerados mais seguros quanto nos que apresentam maiores desafios.

Entre os estados considerados “menos seguros”, foram convidados os governadores e secretários de Segurança do Amapá, Bahia, Pernambuco, Ceará e Alagoas. Já entre os estados tidos como mais seguros, foram chamados os representantes de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

Os estados do Rio de Janeiro e São Paulo também figuram na lista, não necessariamente por apresentarem os maiores ou menores índices de violência, mas sim por serem considerados a base original das principais facções criminosas do Brasil, conforme explicação de Alessandro Vieira.

A CPI do Crime Organizado também busca o conhecimento de especialistas em segurança pública e pessoas com notória experiência na área. Entre os nomes convidados estão um promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo, reconhecido por sua atuação em casos relacionados ao PCC; o diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública; e renomados professores e pesquisadores da área.

Além disso, a CPI também demonstra interesse em ouvir profissionais da comunicação que atuam na cobertura de crimes, incluindo jornalistas investigativos, comentaristas e consultores, buscando diferentes perspectivas sobre o tema.

Por fim, a CPI aprovou um requerimento com pedidos de informações aos ministérios da Segurança Pública e da Defesa, com foco no controle de armas e nos relatórios de inteligência produzidos sobre facções criminosas e milícias.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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