A Praça da Alfândega, no coração de Porto Alegre, pulsa com a 71ª edição da Feira do Livro, que começou nesta sexta-feira. O evento, que tem como tema “Beba Dessa Fonte”, promete ser um grande encontro entre leitores, autores e editoras, transformando o Centro Histórico da cidade em um vibrante polo cultural.
A edição deste ano presta homenagem à escritora Martha Medeiros, escolhida como patrona, em celebração aos seus 40 anos de carreira. A programação diversificada inclui atividades para todas as idades, com destaque para o público infantil.
Maximiliano Ledur, presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, ressalta a importância das atividades voltadas às crianças. “Na área infantil, teremos bate-papos com autores, contação de histórias e apresentações teatrais, sempre com o livro como base. Para mim, o ponto alto da Feira é o encontro do autor com o leitor nas sessões de autógrafos”, afirma.
A expectativa é atrair 1,5 milhão de visitantes durante o evento. Uma das novidades desta edição é o Feiracast, o podcast oficial da Feira do Livro. Ledur explica que o podcast tem como objetivo expandir a experiência da feira, capturando a opinião dos participantes e mostrando o evento para aqueles que não podem comparecer. “A ideia é trazer um pouquinho do que é a feira e conseguir expandir isso, mostrar para as pessoas do outro lado o que é a feira. Vai funcionar, a ideia inicial agora é funcionar com três episódios e depois a gente replicar esses episódios nas redes sociais da entidade. E dar esse gostinho para quem não consegue vir à feira conhecer um pouco da feira e o que as pessoas falam da feira”, detalha.
A feira também contará com a presença de diversos escritores, tanto nacionais quanto internacionais. “São mais de 300 escritores gaúchos com atividades dentro da feira. Temos mais de 40 autores nacionais também passando pela feira do livro, nomes como Milton Hatoum, Natália Timerman, Nina Rizzi, Tatiana Nascimento. E 17 autores internacionais, da França, das Filipinas, do Uruguai, da Argentina, Cuba, República Dominicana, Noruega, Egito”, destaca Ledur.
Outro ponto alto da programação é o Ciclo Preto Sou, que valoriza a cultura negra através de diversas atividades. A iniciativa busca dar mais visibilidade à literatura negra e indígena. “A cultura negra, na Feira do Livro, ela sempre foi muito valorizada e esse ano não vai ser diferente, a gente tem uma programação bem encorpada, com grandes nomes também da literatura negra. Na verdade, a gente tem que corrigir, né, e dá mais espaço à literatura negra, literatura indígena, corrigir essas injustiças que com o tempo e com a evolução humana aí a gente está conseguindo fazer”, conclui Ledur.
A Feira do Livro de Porto Alegre é uma realização da Câmara Rio-Grandense do Livro, com apresentação da Petrobras e apoio da Prefeitura de Porto Alegre, Senado Federal e Sebrae.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
