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Lewandowski e castro unem forças contra o crime no rio de janeiro

© Fernando Frazão/Agência Brasil

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, anunciaram a criação de um escritório emergencial com o objetivo de combater o crime organizado no estado. A iniciativa visa otimizar a colaboração entre as instâncias federal e estadual na área da segurança pública.

A coordenação do escritório será compartilhada entre o secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, e o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos. O ministro Lewandowski destacou que a estrutura servirá como um fórum para diálogo e tomadas de decisão rápidas entre as forças de segurança, visando a superação da crise. Ele ainda mencionou que a iniciativa é um embrião do que se pretende criar com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, em discussão no Congresso Nacional, que busca integrar as forças federais, estaduais e municipais no combate ao crime.

O governador Claudio Castro enfatizou a importância de eliminar as barreiras burocráticas para que a segurança pública possa atender de forma mais eficiente o cidadão. A medida surge em um momento crítico, após a Operação Contenção nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em um elevado número de mortes e subsequentes ações criminosas, como a interdição de vias por membros do Comando Vermelho.

Em resposta à situação, o governo federal anunciou o aumento do efetivo da Polícia Rodoviária Federal e de agentes de inteligência no estado, além de disponibilizar peritos e vagas em presídios federais, caso o governo estadual necessite.

O encontro entre Lewandowski e Castro ocorreu no Palácio Guanabara, após o governador ter cobrado maior apoio do governo federal no enfrentamento às organizações criminosas, alegando que o estado tem atuado “sozinho nesta guerra”. No entanto, Lewandowski afirmou não ter recebido um pedido formal de ajuda para a operação em curso, lembrando que, no início do ano, o governo do Rio solicitou e obteve a transferência de líderes de facções criminosas para penitenciárias federais de segurança máxima.

Questionado sobre o uso do termo “narcoterrorismo” pelo governo do Rio para descrever o crime organizado, o ministro Lewandowski ressaltou que o termo não se aplica à realidade do estado, diferenciando as ações de facções criminosas de atos terroristas, que envolvem motivações ideológicas e políticas.

Tanto Lewandowski quanto Castro descartaram a possibilidade de emprego das Forças Armadas na segurança do estado por meio da decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). O ministro explicou que a GLO é uma operação excepcional, dependente de solicitação do governador ou autoridade local que reconheça a incapacidade das forças locais de conter uma crise. Castro, por sua vez, negou ter cogitado solicitar a medida, afirmando que a situação das forças de segurança do Rio de Janeiro é diferente da de 2018 e que o estado possui uma força de segurança estadual capacitada.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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